segunda-feira, 20 de setembro de 2010

encerrando ciclos

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão'

[Fernando Pessoa]

É muito fácil criar fantasias e culpar as pessoas por fazer com que elas acabem...
É muito fácil olhar para o amanhã e acreditar que vai ser melhor, do que construir hoje o que é necessário para as mudanças...
É muito fácil ler um texto e se ver completa e inteiramente nele... difícil mesmo é tomar a decisão, colocar a cara a prova, é fazer acontecer.

Pra mim, é/está muito difícil.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

ela e ele

Ele é aventureiro, gosta das incertezas, vive indo e vindo pelo mundo.
Ela é romântica, acredita em príncipes encantados e sonha com o amor verdadeiro.

Eles se conheceram em um dia que provavelmente nem se lembrem mais.

Mas o primeiro encontro realmente foi em um dia tão 'diferente' que eles nem dormiram naquela noite. E no mesmo dia se reencontraram. Ele virou um jardineiro e ela um bonsai. Ela gostou dele, e olhou pro céu.

Eles se encontraram muitas vezes dalí pra frente. Eles ficaram juntos. Davam risadas juntos. Eles ficaram separados. Eles ficaram com outras pessoas. Ela, pela primeira vez, sentiu medo. Ele, pela primeira vez, disse o que precisava ser dito. Ela teve certeza e agradeceu aos céus.

Ela gostava de olhar para o leão. Ele gostava de fimá-la. Eles cantavam rap juntos, passeavam de mãos dadas, tinham medo dos patos, ficaram bêbados juntos, ficavam acordados a noite toda, ganhavam bolas de plástico dos vizinhos, pescavam com o pé, conversavam sobre a vida, sobre coisas complexas, sobre teorias das vibes e sobre nada.

Ele ficou longe um tempo. Ela teve medo de novo. Eles se falavam pouco, mas era sempre tão especial. Ela decidiu que valia a pena esperar por ele. Ele mandou uma simples mensagem: "you are the one". Ela não teve medo mais, e de novo, teve certeza.

Quando ele voltou, ela só quis ficar junto. Aí então, eles dançaram funk, tiveram uma discussão, e ele disse "eu te amo". Dalí pra frente eles decidiram que iriam ficar juntos e não demorou para decidirem VIVER juntos. Ele voltou atrás, ela teve medo. E quando ele finalmente teve certeza, ela também.

Eles cozinhavam juntos, cuidavam dos cachorros juntos, escolheram o sofá juntos, comemoraram juntos a formatura dela, os trabalhos dele, as conquistas dos dois. Ela tinha certeza.

Ele quis realizar o conto de fadas dela: na praia, tocou violão, cantou uma música romântica e entregou pra ela a aliança mais bonita que existia. Ela chorou, mais uma vez teve certeza, e mais uma vez agradeceu aos céus.

Dalí pra frente eles viveram muitas certezas e incertezas.

Ele é de Libra: sonhador, atraente e com muitas habilidades artísticas. Ela pé no chão e só queria segurança. Uma mão pra segurar.

Ele esqueceu de quem era, e decidiu que precisava descobrir isso. Sem ela.
O conto de fadas acabou. Ninguém entendeu, ninguém esperava, ninguém concordava. Nem ela.

Mas esta história ainda não terminou...
Um dia, ele ou ela ainda vão escrever o final...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

a vida não é justa...

Uma vez me disseram que a gente pode pedir o que quiser para Deus, mas ele só vai atender os pedidos que Ele achar que deve, quando Ele achar que deve. Tudo bem, Ele é o Todo-poderoso e pode fazer isso, mas isso faz com que a vida pareça ser tão injusta... às vezes...

Você pede pra alguém voltar... e nada.
Você pede pra tirar a dor... e nada.
Você pede pra seguir em frente... e ele te atende.
E de repente, aquele alguém volta.
E agora?
Sigo em frente, ou volto?
Que ralhos de mensagem Deus quis me mandar com isso? Afinal ele atendeu meu pedido e me permitiu seguir em frente! Ou será que não foi isso, e na verdade ele só demorou para atender meu primeiro pedido?

Meu canal direto com O Cara lá de cima não tem funcionado muito bem, eu não entendo bem as mensagens que ele me manda (se é que algum dia eu entendi), e tem o tal do "ouvir o coração" também (seja lá o que isso queira dizer) que nunca me foi muito fácil.

O que eu sei é que a vida não é justa, mas isso não quer dizer que ela não seja boa.
E um texto que marcou a minha vida (e tenho certeza fez isso na vida de todos que já leram também) diz que, o mundo não pára pra gente consertar nosso coração. A gente tem que seguir mesmo com ele em pedacinhos, ou com os pedacinhos colados por uma colinha muito sensível...
A gente aprende que o tempo não é algo que se possa recuperar... e " que nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar"...

A vida às vezes é injusta, mas é 'justa' demais para deixar para depois.
Capiche?