domingo, 27 de fevereiro de 2011

mãe de primeira viagem é assim...


Mãe e pai da Giulia: os babões


Estar grávida é tão bom, que eu brinco que quero ter mais uns 11 filhos. A emoção de descobrir que está grávida (e põe emoção nisso, pra quem não está esperando então... nem se fala!), a emoção de contar para a família e ver a reação de todos (a dos avós é a melhor!), a ansiedade e a expectativa de descobrir se é um menino ou uma menina, a escolha do nome, o primeiro chute... ai ai, é tudo tão bom.

Mas também tem todos os medos que nem cabem aqui... dizem que os três primeiros meses são delicados, então cada dorzinha, cada sensação diferente já acelera o coração... o exame de translucência nucal (feito pelo ultrasom para verificar a possibilidade de o bebê ter alguma síndrome), todos os milhares de exames de sangue e urina que o médico pede, toda alimentação que você se obriga a mudar para ter certeza que o bebê vai ter tudo o que precisa... passam os três meses mas a preocupação continua.. o ultrasom morfológico que mede todos os ossinhos para verificar se o desenvolvimento está normal, contar os dedinhos para saber que estão todos lá, ver que tem dois bracinhos e duas perninhas... a barriga que cresce demais ou que não cresce, o bebê que chuta demais, ou que não chuta, desejar fazer o parto normal e imaginar como vai ser...

Vou contar o mais novo medo pelo qual acabamos de passar...

A Giulia desde que começou a dar sinais de movimento dentro de mim, é suuper agitada... chuta, dá socos, se mexe.. é uma delícia sentir tudo isso... mas de dois dias pra cá isso mudou... já não sentia mais ela se mexendo, dava pequenos chutes e só quando eu a cutucava (coisa que o Giu odeia que eu faça, porque acha que eu estou incomodando ela rsrs). Como toda boa mãe de primeira viagem, fiquei super preocupada. E pra calhar ainda, em uma matéria da revista CLAUDIA bebê diz que se o bebê diminuir os movimentos por mais de 12 horas, é bom procurar um hospital (tá bom que a matéria é para quem já está para ganhar o bebê, mas vocês acham mesmo que eu ia ficar esperando?). Não deu outra, como estou em Umuarama peguei o obstetra da minha irmã emprestado em pleno domingo de manhã para fazer uma consulta. Ufa, que alívio! A Giulia está em uma posição completamente diferente do que estava antes, então é natural que eu sinta os movimentos de forma diferente.
Vocês acreditam que ela já está de ponta cabeça, esperando para vir ao mundo? Calma minha filha, muita calma... faltam pelo ao menos mais 3 meses e meio ainda... mas ela já está lá, com a cabeça para baixo e o pézinho dela no pé do meu estômago.

Além de tirar esta preocupação foi muito bom ter a avó da Giulia junto com a gente no consultório... é estranho passar por todas estas mudanças tão longe da minha família. É claro que nunca estou sozinha, o pai babão está sempre junto acompanhando tudo, mas é diferente ter a mãe do lado, ainda mais uma mãe que já passou várias vezes por isso, né?!(Tenho 3 irmãos legítimos, fora os que a minha mãe vai criando na vida, como a Nathália, a tia mais babona da Giulia!) Eu aprendi muito cedo a não depender da minha mãe para me acompanhar e me ajudar em muitas coisas.. Não que ela não fizesse isso, mas dividi-la com mais 3 irmãos e mais uma família inteira (minha mãe é daquele tipo preocupada com tudo e com todos) não é fácil, então aprendi principalmente, a não pedir que ela fizesse isso pra mim.. depois que fui morar em outra cidade aprendi a fazer tudo sozinha, quando fui morar sozinha eu fui escolher o apartamento, comprar os móveis e carregar mudança tudo sozinha, então de certa forma me acostumei que as coisas seriam assim, mas admito... Foi muito bom ser acompanhada hoje, ver a vó babando também.. e admito também que sinto uma invejinha (saudável, tá?!) da minha irmã que também vai ser mãe e pode contar com minha mãe pra tudo (só é uma pena que ela não perceba isso para aproveitar melhor).


A tia mais nova e mais babona da Giulia

A vó babona da Giulia

Bom, é isso...
só posso continuar confirmando que apesar de muitas emoções (que às vezes me causam pesadelos) estar grávida é maravilhoso, e saber que minha filha está bem é melhor ainda.

Continuamos esperando ansiosos a cada dia, mas sem pressa, tá Giulia?! Curte aí dentro enquanto a gente curte aqui, e na hora certa a gente se encontra!

Beijos

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

pluralidade

Pensar que vou ser mãe (ou já sou, como queiram), decidir o que fazer no meu trabalho, analisar como vou me organizar daqui pra frente e outras coisas relacionadas a isso roubaram muito meu tempo e minha energia nas últimas semanas. Passei por várias situações, e pensei em muitas coisas que me fizeram querer escrever no blog, mas o cansaço e a correria me impediam... agora estou aqui...

Para minha filha eu quero deixar registrado tudo que mudou nas últimas semanas...

No dia 14/02 eu e o papai fomos ao médico para fazer o ultrasom e ver você de novo. Neste dia você já estava com 21 semanas.. só uma pena que o aparelho não colaborou muito, mas é sempre emocionando ver os seus pezinhos e mãozinhas que já parecem ser tão grandes. Naquele dia você já estava medindo 26,7 cm! Imagine só, a mamãe está espantada... isso é quase o tamanho de uma régua! Rsrs

O seu pai continua um babão terrível... não sei se você escuta (tomara que sim), mas ele fala com você todas as noites... de um jeito muito engraçado, com uma voz estranha, parece que falando em “baleies” (um dia vamos assistir juntas o filme Procurando Nemo e você vai entender o que isso quer dizer).. Ele fala perto do umbigo da mãe, é como se ele achasse que isso fosse um ‘buraco’ para comunicação com você. A mãe se diverte assistindo isso.

Outra coisa maravilhosa que aconteceu nestes dias foi que você começou a chutar (dar soco, cotoveladas, cabeçadas e muito mais) e eu e o papai sentimos tudo e ficamos babando e imaginando o que você está aprontando dentro da barriga da mamãe. Você fica muito agitada a noite, principalmente quando a mãe deita. Às vezes, parece que você se mexe toda e fica de um lado só da barriga. É estranho, mas um estranho muito bom, e engraçado também.

Enquanto você cresce aqui dentro da minha barriga, eu e o seu pai estamos tentando preparar tudo para te receber. Não vou mentir pra você, não é fácil e você mudou muita coisa na nossa vida, mas é maravilhoso imaginar você aqui com a gente daqui um tempo. Nós estamos em uma casa nova, e vamos começar a preparar o seu quarto, que é claro, será rosa. Eu imagino que será a sua cor favorita (já é a nossa). Quando você chegar já vai estar tudo pronto, eu prometo, mas eu vou contando aqui como as coisas estão indo, ok?

Ah,tem alguém muito ansioso pra te conhecer, além de mim e do papai, e é claro, de toda a família, o Piolho parece que sabe que você está crescendo.. as vezes ele fica olhando pra minha barriga, encosta a cabeça em mim e fica olhando com uma carinha ciumenta que é uma graça. Você vai adorar o nosso cachorrinho, tenho certeza absoluta!

Muita coisa mudou. O que antes era só eu, ou meu, agora é plural...

Em menos de quatro meses vamos descobrir realmente como será ser pai e mãe, vou descobrir como será viver uma licença maternidade para quem não conseguiu tirar nem 10 dias de férias até hoje, vamos descobrir todos os medos, as recompensas e alegrias deste momento, mas enquanto não descobrimos isso, temos muitas coisas a fazer por aqui.

Então até daqui a alguns dias, e mais muitas emoções.

Beijos

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Contagem regressiva: faltam mais ou menos 122 dias para a chegada da Giulia.