sexta-feira, 13 de abril de 2012

Só mãe sabe como é...

Preparando a pauta para a 3ª edição da Revista Cegonha me deparei com o dia das mães chegando. Parei pra pensar que este será o meu primeiro dia das mães tendo a Giulia comigo. E pensando nisso, fiquei me questionando sobre o significado disso tudo... sobre o que representa ser mãe pra mim, e sobre o que eu aprendi a respeito.

Na minha opinião, dá pra se preparar pra ser mãe... dá pra ler, participar de cursos de gestante, conversar com outras mães, assistir vídeos, cuidar da alimentação, do corpo e da alma... dá pra desejar e ansiar por este momento... dá pra escolher bem o pai da criança, dá pra planejar a gravidez... mas tem algumas coisas que a gente não pode prever, não tem como se preparar, porque são as particularidades de cada mãe e de cada filho
... A Giulia me ensinou milhões de coisas maravilhosas, como o amor e o sorriso mais puro e verdadeiro, mas hoje estou aqui pra contar algumas coisas bem práticas e corriqueiras que aprendi com ela também... coisas que só mãe sabe como é...

Antes da Giulia nascer, se eu visse um carro parado no semáforo indo pra frente e pra trás sem parar, ia na hora pensar que era algum engraçadinho, ou alguém que não sabe dirigir direito. Hoje eu penso: mais um bebê que reclama quando o carro para. Sim, porque os bebês adoram andar de carro (pelo ao menos a maioria dos que eu conheço), mas isso não quer dizer que eles curtam todos os momentos deste passeio. Parar no semáforo ou no transito lento é a certeza de um resmungo no banco de trás. Mas mãe desenvolve habilidades e usa a criatividade. Quando eu vejo que o sinal está vermelho, já vou de longe reduzindo a velocidade e deixo bastante espaço entre o meu carro e o carro da frente, e aí... dá-lhe ponto de embreagem. Vai um pouquinho pra frente e freia, mais um pouquinho e mais uma freiadinha. Assim a gente se sente boba, mas mantém o balanço do carro e a satisfação do passageiro exigente no banco de trás.


Viajar com a Giulia também em geral é muito tranquilo, em praticamente todas as pequenas viagens que fizemos de carro ela pega no sono, e só acorda quando já estamos chegando no nosso destino. Mas como geralmente não é sempre... já teve viagens em que eu quase fiquei com torcicolo de tanto virar o pescoço pra ela pra conversar, ficar tirando e colocando o óculos de sol, ficar folheando uma revista pra distraí-la e por aí vai... bom mesmo é quando dá aquela crisezinha de labirintite, em que se eu deixo de olhar pra estrada já começa tudo a rodar... acontece, fazer o quê? Eu respiro fundo, e continuo... tira o óculos, põe o óculos, arranca um sorrizinho, tenta outra gracinha... até chegar onde a gente precisa.

Eu sempre fiz várias coisas ao mesmo tempo, me acostumei a ser multifuncional... atender o telefone enquanto digito um e-mail, cozinhar o almoço enquanto organizo a casa e coloco a roupa na máquina de lavar... mas não pensei que ia me acostumar a almoçar/jantar revezando as minhas garfadas com as colheres de papinha pra Giulia. Com o braço esquerdo pra mim, com o direito pra ela. Um gole do meu suco, um gole do suco pra ela. Desenvolver a bilateralidade também é coisa de mãe, porque no meu caso é impossível sentar a mesa para comer, sem a Giulia ficar no nosso pé querendo subir na mesa, puxando a toalha, ou resmugando querendo atenção (ou tudo isso ao mesmo tempo).


Enquanto estava grávida eu passeava nas sessões de brinquedo das lojas especializadas imaginando quais eu gostaria de comprar pra ela, e em como ela se divertiria com todos eles. Todos aqueles brinquedos coloridos e lindos, cheios de pesquisas sobre o desenvolvimento infantil e todas essas coisas. Bobagem! A Giulia tem brinquedinhos super legais, e eu vivo comprando coisinhas coloridas e novas pra ela se divertir. E adianta? Ela gosta mesmo é de morder chinelo, bater panela e organizar tuperware! Gosta é de controle remoto, tentar subir no sofá e todas aquelas coisas que são perigosas e que ela nem deveria chegar perto. FAzer o quê? Brincamos eu e o Giu então!


E por fim, uma coisa que eu aprendi da manei
ra mais prática que poderia acontecer. Você pode desejar ter um parto normal e ter tudo conspirando a seu favor - saúde, médico, apoio do companheiro, bebê encaixadinho na posição correta, etc - e mesmo assim não ter um parto normal. Acontece que eu já estava chegando na 42ª semana de gestação, já estava tendo crises de ansiedade devido a espera (parei de trabalhar quando completei 38 semanas porque eu tinh CERTEZA ABSOLUTA que a Giulia nasceria na semana seguinte), já estava com a malinha da maternidade passeando no carro há mais de 3 semanas e... e... e? NADA! Não estourou a bolsa, não tive contrações, não tive dilatação, nada! Simplesmente não entrei em trabalho de parto. Eu queria o parto normal, por ser normal... por ser natural, então induzir era uma saída fora de cogitação. Pra mim se não tinha acontecido, não era pra ser. E assim, a senhorita Giulia foi "tirada na marra" de dentro de mim em uma cesárea que eu não sonhava que teria que fazer.

É assim... eles já chegam anunciando que as coisas não serão do jeito que a gente pensa.
A Giulia já chegou deixando bem claro quem é que iria comandar a relação. E eu deixo... vou aprendendo com tudo isso e eu me divirto. Então, pensando em ser mãe eu só posso dizer que não era quase nada do jeito que eu imaginava... é ainda melhor!

Só mãe sabe como é... tem coisa melhor nessa vida do que aprender a ser mãe?



quarta-feira, 11 de abril de 2012

Tem que ser mãe pra entender...

Já faz várias semanas que estou escrevendo aos poucos um post aqui, mas a correria não está deixando eu terminar. Hoje eu vou deixar a correria de lado só um pouco, mas não é pra terminar o post que eu estava escrevendo e sim pra dedicar um todo especial, pra alguém mais do que especial: minha mãe.


Depois que me tornei mãe, passei a dar ainda mais valor na mulher que a minha mãe é. Porque, cá entre nós, mãe é sempre mãe, né?! Mas mulher igual a minha mãe é... isso não é fácil! Aprendi com ela o valor de muitas coisas... o valor da família (mesmo sendo doidos, pirados e esquisitos... família é família), o valor do trabalho e do dinheiro (que sempre vi sendo gerados com muito suor por ela e por meu pai), o valor do descanso (tão raro pra ela, que pra quem conhece, sabe... ADORA trabalhar!) e agora, o principal de tudo... o valor de um filho.

Acho que só quem é mãe pode entender (mesmo que muitas vezes não concorde) as atitudes de outra mãe. Mãe quer proteger a todo custo, mãe acredita até o fim, mãe não quer ver chorar, não quer ver sofrer... a minha mãe é assim... sempre nos criou buscando nos proteger de tudo o que havia de perigoso e errado no mundo, nem sempre deu certo, mas ela não desistiu de fazer o seu melhor.

Hoje vendo a minha mãe sendo avó, vejo umas traquinagens e uma alegria que contagia. Ela disse que ser avó é amar o amor de seus amores, e pra mim, ver ela avó é amar e admirar ainda mais a mulher mais importante da minha vida. Eu já admirava a minha mãe, a mulher que é, e agora admiro também a avó que é... preocupada (às vezes um pouco demais), presente e disposta a enfrentar as noites mal dormidas junto, se for necessário!


Pra quem a vida nem sempre foi fácil, pra quem sempre esteve em pé e firme, mesmo quando precisava suportar as maiores dores, pra quem hoje fica mais velhinha, eu desejo todos os parabéns e todas as alegrias do mundo.


Feliz aniversário, mãe... o seu primeiro aniversário como avó...
Nós amamos você e te mandamos milhões de beijos!

Tutty e Giulia

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

6 meses e muita história [parte 2]

Continuação...

SETEMBRO: o mês das festas e dos entendimentos

Neste mês a Giulia festou bastante. Aprendeu a fazer pizza com o vô Lino, comemorou o 3º mesersário e o aniversário do papai,e também foi o mês da primeira mamadeira. Infelizmente só a amamentação materna não estava sendo o suficiente para ela ganhar o peso ideal, mas ela adorou a mamadeira desde o primeiro encontro. Olha a foto. O bem-estar e a saúde da Giulia sempre estiveram acima de tudo, e no fim das contas é só o que importa, não é mesmo?


OUTUBRO: o mês de repensar os projetos

Hora de voltar a pensar na realidade e encarar que a licença-maternidade não é pra sempre. Pensar em como conciliar profissão e maternidade. Neste mês avaliamos as escolinhas e pesquisamos até encontrar um lugar em que ficaríamos tranqüilos de deixar a Giulia, mesmo que fosse apenas por meio período. Foi o mês da primeira sessão de cinema, e do primeiro banho de chuveiro... Este foi o mês de concretizar a certeza de que a Giulia chegou para mudar a minha vida para sempre... e por ela muitas mudanças iriam acontecer... ela me fez descobrir muito sobre mim mesma, ou me redescobrir... como queiram! Definir projetos de vida não é simples, mas ter a certeza de que o meu maior projeto é ser mãe, foi apenas óbvio.



NOVEMBRO: as reviravoltas que a vida dá

Caramba... quanta coisa aconteceu neste mês! A Giulia começou a ir pra escolinha. Eu voltei a trabalhar. Eu parei de trabalhar. Eu mudei de trabalho. A Giulia continuou dando trabalho. E ser mãe dela, só me fez ter a certeza de que tudo estava caminhando para o lado certo.



DEZEMBRO: o começo de muita coisa

Foi o mês das primeiras vezes. O primeiro dentinho nasceu (e o segundo também), comeu a primeira papinha de frutas (e adorou!), ficou sentadinha sozinha pela primeira vez, entrou pela primeira vez na piscina... a 1ª edição da Revista saiu, comemoramos o natal juntos pela primeira vez, a Giulia comemorou 6 meses... o tempo passa muito rápido, mas eu acho que a gente encontrou um jeito de poder aproveitar o máximo possível cada um destes maravilhosos momentos.



Detalhar em meses ainda não foi o suficiente para registrar nem um terço de todas as emoções e alegrias que tenho vivido com a minha nova e linda família. Janeiro já está acabando, e nossa! Quanta coisa mais já aconteceu... mas isso tudo eu conto em um novo post (bem em breve, eu espero!). Só adianto uma coisa: melhora e fica mais gostoso cada dia que passa.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

6 meses e muita história [parte 1]

Vi um texto muito legal no blog http://vinhosviagenseumavidacomum.blogspot.com sobre as 10 coisas que nunca nos explicam sobre ter um filho. E fiquei pensando em tantas coisas deste texto em que me identifiquei (praticamente tudo) e em tantas outras coisas que eu aprendi, vivi e descobri.

A Giulia fez 6 meses há pouco tempo e pra mim essa idade foi um marco, junto com isso nasceu mais um integrante da nova geração dos Okamoto: no dia 02 de janeiro a minha prima ganhou a Sophia para alegrar ainda mais a boa e velha Umuarama. No momento em que segurei a Sophia com seus 3,710 kg no colo, imediatamente pensei na Giulia... nos meus primeiros momentos com ela e em como é surreal pensar que ela era daquele tamanhozinho, há tão pouco tempo atrás.

Por causa de tudo isso, resolvi escrever uma retrospectiva introspectiva sobre estes últimos e maravilhosos 6 meses da minha vida.

6 meses e muita história

JUNHO: A espera mais longa, desesperada e deliciosa Este mês foi marcado pelos últimos preparativos no enxoval e no quarto da Giulia, o nascimento da minha sobrinha (e, caramba, isso já foi emoção pra valer - não estar lá cortou meu coração), os últimos dias de trabalho, que foram marcados por muita ansiedade, pouco trabalho (de fato) nos últimos dias antes da licença e muita barriga e o tão esperado, aguardando e emocionante nascimento da Giulia. Neste mês descobri o quão complicado é ser mãe de primeira viagem, e ao mesmo tempo como isso pode ser a melhor coisa que existe no mundo. Como pode você ficar 9 meses gerando (literalmente) amor, e no ato do nascimento nascer amor multiplicado por milhões quando você vê e segura aquele bebezinho que tem seus genes, seu sangue, e todos os mais bonitos sonhos.


~ minha irmã e minha sobrinha mais cabeludinha que nasceu no dia 09/06/2011~

~ os post-its de despedida e as "fotos" da Giulia - último dia de trabalho ~

~ aquelas que acompanharam e aguentaram a gravidez inteira - saudades GEP ~

~ a última foto oficial barriguda - dia 19/06/2011 - essas fraldas acabaram tão rápido ~

~ o momento mais mágico e surreal da minha vida - família completa e a felicidade também - dia 27/06/2011 ~


JULHO: o mês dos pra sempre e dos nunca mais

Ter a Giulia em casa foi a emoção mais maravilhosa e mais desesperadora do mundo. Foi tudo novo, tudo estranho, tudo frágil, tudo tão intenso... eu tinha impressão de que eu NUNCA MAIS poderia fazer as coisas sem ajuda de alguém, que não poderia mais dormir, comer ou simplesmente ficar sentada por 10 minutos. Ao mesmo tempo, eu tinha um sentimento tão forte e tão dominador de que aquele momento singular e transformador marcara minha vida PRA SEMPRE, e isso também era MUITO desesperador e ao mesmo tempo MUITO maravilhoso. Descobri ao meu lado um companheiro maravilhoso que muitas vezes segurou a barra quando eu já estava a milhão com tantos hormônios. E descobri também que a amamentação é um dos atos mais bonitos e que mais fazem cair a fixa da relação mãe-filha. É a natureza, é a obra divina, é como as coisas são... amamentar foi maravilhoso, apesar de todas as dificuldades que existiram.




~ ato de amor ~

~ eu queria ficar olhando o dia inteiro ~

~ o melhor pai e companheiro do mundo ~

~ a primeira consulta com a pediatra - 1 semana ~


AGOSTO: o mês de aprender o amor incondicional

Depois que a Giulia completou um mês de vida, eu acho que comecei a relaxar e curtir um pouco. Antes era tudo muito frágil, muito delicado, muito novo. Após este período eu acho que comecei a me permitir olhar mais pra ela, só pra ver como ela é linda e não o tempo todo preocupada se ela tá respirando, se a temperatura tá boa, se a fralda tá limpa, etc etc etc. Este foi o mês dos sorrisos mais bobos, de ver todos babando por ela mesmo quando ela estava dormindo. E ver todas as caras e bocas que ela fazia ao acordar. Foi o mês de me sentir abençoada por ter a Giulia na minha vida, e por perceber o quanto ela faz bem a todos ao nosso redor. Este foi o mês de realmente aprender o que é amar incondicionalmente. Um amor tão grande que não existe explicações, e ainda que existissem, acho que elas seriam dispensadas.



~ ela já fez a escolha dela - TIMÃO ~

~ era tão pequenininha ~

~ o sorrisão mais banguela e lindo deste mundo ~

~ o pé mais cheroso da minha vida =) ~

~ as caras de bocas de todas as manhãs ~


E como a história é longa e intensa, e as fotos são muitas... depois vem a parte 2!

sábado, 31 de dezembro de 2011

Escolha ter um ano bom.


"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente."

[Carlos Drummond de Andrade ]
Eu acredito neste milagre e tenho certeza que 2012 não só vai ser diferente, como vai ser ainda melhor. Alguém duvida?

Eu acredito que a gente pode fazer aquelas boas e velhas intenções de ano novo, que a gente pode fazer as mudanças que são necessárias na nossa vida. E eu acredito que a gente pode fazer isso sempre, não só na virada de ano.


"Há muita coisa no meu destino que não posso controlar, mas outras que estão sim, sob a minha jurisdição. Existem determinados bilhetes de loteria que posso comprar, aumentando, assim, minhas chances de encontrar satisfação. Posso decidir como gasto meu tempo, com quem interajo, com quem compartilho meu corpo, minha vida, meu dinheiro e minha energia. Posso decidir o que como, o que leio, o que estudo. Posso escolher como vou encarar as circunstâncias desafortunadas da minha vida - se as verei como maldições ou como oportunidades (
e, quando não tiver forças para adotar um ponto de vista mais otimista, porque estou sentindo pensa demais de mim mesma, posso decidir continuar tentando mudar minha atitude). Posso escolher minhas palavras e o tom de voz com que falo com os outros. E, acima de tudo, posso escolher meus pensamentos".


[Trecho do livro Comer, Rezar, Amar]

Eu escolho acreditar que 2012 será um ano maravilhoso! Escolho dedicar melhor meu tempo para minha família, e otimizar ainda mais o tempo que não estou com eles. Escolho realizar meu trabalho ainda com mais amor e atenção. Escolho buscar estar próxima das pessoas que eu amo e que me querem bem.

Eu escolho acreditar que vou ter um ano feliz, e você?

~ a certeza de que sempre terei anos bons - meus amores ~

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

a vida não para...

Quando eu comecei a escrever aqui, estava inspirada pela música Paciência do Lenine,
e foi em homenagem a esta linda canção que escolhi o nome do blog. Hoje em dia, quando eu penso em tudo o que está acontecendo, eu tenho certeza que não poderia ter escolhido nome melhor, não poderia ter escolhido inspiração melhor.
Viver ao lado da Giulia é um turbilhão constante de sentimentos, sensações descobertas
e saudades. O tempo todo (e isso não é exageiro, é o tempo todo mesmo!) acontece algo
novo, o tempo todo algo que até agora era novo já fica para trás. Eu brinco, às vezes,
que queria poder guardar cada acontecimento deste num potinho e carregar comigo,
porque a sensação que eu tenho é que se não ficar de olho arregalado o tempo todo eu
vou acabar perdendo alguma coisa muito importante.

Na última semana, em menos de 3 dias dois acontecimentos fantásticos marcaram o
desenvolvimento da minha pequeninha... ela ficou sentada sozinha, e o primeiro dentinho
já apareceu! Não é emoção demais em tempo de menos? Eu não sabia se chorava, se ria,
se abraçava ela, se deixava ela lá sentadinha, se corria pra buscar a camera...


Tanta coisa muda em tão pouco tempo. Se eu olhar pra quem eu era há alguns anos atrás,
eu nunca poderia imaginar que minha vida estaria assim agora. Que eu estaria babando
milhões por uma filha (sempre quis ser mãe, só não imaginava que isso aconteceria agora
e da forma como aconteceu), que teria saído da vida estável de um bom emprego para
arriscar e apostar em um negócio próprio em sociedade com o Giu, e que este negócio
não teria nenhuma ligação direta com a psicologia. E mais ainda, que eu estaria tão
feliz e realizada com estes acontecimentos.

Não dá pra prever, não dá pra ficar parado, não dá pra não ficar encantado/apavorado.
A vida é muito rara, e cada acontecimento, cada segundo, cada sorriso tem um valor
inestimável, inigualável, insuperável... com a Giulia eu aprendi MUITO, sobre muitas
coisas e principalmente sobre mim mesma, mas o aprendizado que eu dou mais valor é que
a vida não para, o tempo não para e a gente tem que curtir, saborear, desfrutar e amar
cada momento, cada sensação, cada abraço, cada toque, cada o que for. Tudo tem o seu
valor e é um valor muito raro pra ser deixado pra depois.

~ aqueles que me fazem tão feliz, que só de pensar dá nó na garganta ~


♫♫ Everyday I, I try to give you everything you need

We'll always be there for you

I don't believe in many things

But in you I do ♫♫

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O melhor plano de saúde é viver...

"Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão", frase de Fernando Pessoa no texto Encerrando Ciclos. E é isso que eu quero registrar hoje. Um lindo ciclo que está se encerrando para que um mais lindo ainda possa iniciar. Um ciclo de aprendizados, crescimento, mudanças e de muito amor.

Hoje eu encerrei um capítulo da minha vida, que fez toda a diferença pra pessoa que eu sou hoje e pro caminho que eu escolhi traçar a partir de agora. Eu escutei algumas coisas hoje que me fizeram sentir um pouco sobre tudo o que eu vivi nos 4 anos deste ciclo. A pessoa que eu fui, a pessoa que se transformou e a pessoa que eu sou hoje. As prioridades que eu tinha, o caminho que eu construia, a forma como eu me enxergava e a forma como eu enxergava os outros.

Eu aprendi muito sobre quem eu sou e sobre quem eu desejo ser só observando a reação que eu despertava nas pessoas. Não dá pra jogar só pro outro. Não dá pra dizer que não tem a ver comigo. Tem sim. Tinha sim. Eu demorei, mas eu vi e pude mudar. A transformação só pode acontecer (e pra melhor, por favor) se os olhos da realidade estiverem bem abertos.

Eu tive uma família me apoiando. Ora eu era mãe, ora filha, ora irmã, ora a madastra (sempre má), horas e horas... Eu tive mães, tive um pai (o mais protetor e instável, mas o melhor), tive amigos, tive companheiros, colegas e tive várias filhas. Eu conheci pessoas maravilhosas que vou carregar em meu coração para o resto da minha vida. Eu vi pessoas crescerem de forma singela e tão significativa. Eu vi pessoas com brilho nos olhos, fazendo as coisas acontecerem. Eu aprendi muito mais do que uma graduação em 5 anos de faculdade pode ensinar.

Eu aprendi sobre tolerância. Tolerar o outro, tolerar a mim mesma, tolerar a minha intolerância, e tolerar a intolerância do outro.
Eu aprendi sobre trabalho. Sobre trabalhar, e sobre descansar (às vezes é preciso aprender a descansar).
Eu aprendi sobre aprender. Aprender com o aprendiz, que tem muito mais para ensinar do que se imagina.
Eu aprendi a entender as entrelinhas, as megalinhas, as broncas, os conselhos, as indiretas. Porque elas as vezes expressam o que as pessoas nem sabem que querem dizer.
Eu aprendi sobre separar. Separar significou entender que nem sempre o que as coisas significam pra mim, vão também significar para o outro.
Eu aprendi sobre amar. Amar o que faço, amar o meu tempo para fazer o que amo, e amar o meu tempo para amar quem eu amo.
Eu aprendi a ter coragem. Coragem para continuar, para parar, para voltar atrás, e coragem para mudar...

"As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora..."
você nunca vai saber o que a próxima porta te reserva, se não tiver coragem e curiosidade para abrí-la.

Obrigada a todos aqueles que fizeram parte desta história linda da minha vida que eu vou ter muito orgulho de carregar comigo e contar pra Giulia. Afinal, ela esteve lá o tempo todo comigo.
Se vocês lerem isso aqui, vão saber que é pra vocês. E dispensa mais comentários.

domingo, 6 de novembro de 2011

Paradoxo


O tempo demorou pra passar. Olhei pro relógio e só faziam dez minutos. Depois de ter a sensação de já ter passado mais uma hora, só faziam vinte minutos. Assim foi a primeira tarde em que a Giulia ficou na escolinha (vou chamar assim porque acho mais bonito do que berçário). Ela ficou lá mais ou menos uma hora e meia (nos dois primeiros dias ficou menos tempo para adaptação - adaptação para a mãe aqui, porque ela pareceu adorar), mas pra mim pareceu que foram horas, que foi uma tarde inteira.

Isso foi a ansiedade e a saudade de uma mãe babona, porque eu tenho a certeza absoluta de que escolhemos um ótimo lugar pra ela, e que ela será muito bem cuidada lá. Isso foi a sensação de mais uma nova fase que chega, e de mais uma que fica para trás. Isso foi a
emoção de ver como a minha filha está crescendo. Caramba, como ela está crescendo!

O tempo passa rápido demais. É piscar os olhos e ela já está diferente, já está aprontando alguma coisa nova, já está avançando no desenvolvimento. Parece que foi ontem que ela começou a esticar as perninhas e ficar durinha querendo ficar em pé. Hoje, ela já está
virando de bruços, só dorme de ladinho (a coisinha mais lindinha que existe), já controla muito bem a mãozinha que leva tudo para boca (inclusive os próprios pés) e uma das tias já achou o que parece ser o primeiro dentinho querendo nascer.



Ir pra escolinha foi só a primeira de muitas situações em que o orgulho e o aperto no peito chegam juntos. Eu sei que daqui pra frente muitas outras nos aguardam, e que vamos tirar de letra todas elas...

O tempo é um paradoxo para qualquer mãe.
Passa rápido demais e parece que a gente nem tem tempo pra curtir e aproveitar todas as caretas, gestos, babas e resmungos. O tempo demora demais, a hora de buscar na escolinha, de chegar em casa, colocar no colo e dar um abraço apertado.

Parece que foi ontem que ela nasceu com aquele olhinho curioso já querendo abrir 10 segundos depois de sair de dentro de mim, parece que foi ontem toda aquela ansiedade e o desepero de não saber o que fazer. Parece que já faz anos que ela está na minha vida, parece que eu já entendo tudo o que ela quer, e que a gente já se conhece há muito e muito tempo.

Parece que a ficha ainda não caiu...

♫♫♫
És um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho...
Tempo tempo tempo tempo, vou te fazer um pedido...

Tempo tempo tempo tempo...
Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos...
Tempo tempo tempo tempo, entro num acordo contigo...
Tempo tempo tempo tempo...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

meus projetos

~ minha lindona com 3 meses e 1 semana ~


A Giulia completou 3 meses há alguns dias e as vezes eu ainda acho que as fichas não cairam completamente pra mim. O desenvolvimento dela é muito rápido, parece que se eu não olhar o tempo todo pra ela eu vou acabar perdendo algum movimento importante (não são todos assim?). A cada dia ela aprende algo novo... segurar as perninhas, tentar pegar os pés, as risadas cada vez mais constantes, os balbucios cada dia com mais letras, a habilidade já desenvolvida de levar a mãozinha pra boca e tentar chupar dedo, tentar levantar o corpinho, querer ficar sentada, a atenção com que ela assiste o Bob Esponja... é tudo tão novo, tão intenso, tão lindo!!


É surreal pra mim viver esta 'licença maternidade'. Acho que este é um momento único da minha vida e não só por ser mãe e estar com a Giulia.

Por sempre ter sido muito comprometida profissionalmente, por gostar de trabalhar e por ter a sorte de ter uma rápida ascensão na empresa, eu sempre levei as coisas muito a sério.

Sempre imaginei que eu poderia ser uma daquelas executivas loucas de filme que vivem para o trabalho, que praticamente não almoçam, que ficam até tarde no trabalho, que sonha com as pendencias e que ainda leva trabalho para casa. Então eu imaginava que a minha licença maternidade seria um momento de saudades de tudo aquilo, de ansiedade por voltar a ativa. O que eu não sabia é que eu ia descobrir muito mais sobre mim com o nascimento da Giulia.

Após três meses de distancia total da minha rotina profissional, eu não consigo me imaginar fazendo outra coisa que não seja estar com a Giulia. Não em um sentido patológico e obsessivo (relaxem, psicólogas), mas eu desejo realmente estar disponível para acompanhar e compartilhar dos principais momentos deste desenvolvimento lindo dela.

Nesta semana, eu e o Giu estamos começando a avaliar as escolinhas e a pensar em como vai ser nossa rotina daqui pra frente. É claro que o meu coração está pequenininho só de pensar nisso. Hoje a minha rotina é ficar com ela, é estar com ela... e só de pensar que em breve isso vai ser muito diferente já fico apreensiva.

A minha vida mudou pra sempre com a chegada da Giulia. E ela mudou tudo o que existia antes. Tive que reprojetar todas as minhas expectativas e todos os meus planos profissionais. Projetos novos, reprojetos e projetos que estão por vir... Eu vou continuar fazendo o meu melhor, e fazendo o que eu gosto, mas agora é por ela. Tenho muitas idéias e muitos projetos, mas de um deles eu não abro mão: o meu maior e melhor projeto de vida agora é ser mãe.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

os mais lindos amores

Hoje é dia de comemoração dupla. A Giulia faz mais um mêsersário e completa 3 meses, e o Giu faz aniversário e completa quase 30 (29 pra ser exata =).

E quem ganha presente neste dia? EU!
Não posso imaginar como seria ter mais sorte na vida do que ter uma família linda como esta que eu tenho.

Desde que eu conheci o Giu a minha vida mudou completamente e eu não poderia prever como seria o dia seguinte. Ele sempre me surpreendeu das melhores formas possíveis, nas situações mais inusitadas, e na rotina tão sutil. Desde que eu percebi que era pra valer, agradeço todas as noites a Deus por poder viver a minha vida com alguém tão especial. O homem mais lindo do mundo em todos os sentidos, mais cheio de graça (o que nem sempre significa engraçado - brincadeirinha) e com o maior coração do mundo. Feliz aniversário, meu amor, meu doido, meu cabeçudo, meu tudo. You're my sunshine.


~ meus amores comemorando o dia deles hoje ~

Desde que a minha ficha caiu de que eu estava grávida, minha vida mudou completamente e eu não poderia prever como seria o momento seguinte. Até agora as minhas fichas não cairam completamente e eu me vejo vivendo os momentos mais maravilhosos e inusitados com a minha filha. Cada sorriso dela (mesmo que seja o 130º do dia) é motivo de festa pra mim. Não canso de ver a banguelona aberta com aquele sorriso de olhinho fechado, não canso de ficar escutando todos os sonzinhos que ela faz pra conversar, não canso de agradecer por esta benção tão maravilhosa.

Eu estou aqui pensando no que mais escrever, mas não existem palavras no mundo pra dizer o quanto eu amo estes dois. O quanto eles me fazem feliz. O quanto eu sou grata por eles existirem. Os amores da minha vida.


~ não são os mais lindos do mundo? ~

Eu só posso ser a pessoa mais sortuda do mundo. Só pode ser.