terça-feira, 14 de junho de 2011

Tudo igual e tudo tão diferente

Eu li nesta semana na revista pais & filhos, a coluna "faro de mãe" em que a colunista fala sobre como todas as gestantes tem a habilidade de levar sorrisos aos desconhecidos. É praticamente impossível para uma grávida com seu barrigão passar despercebido, ela diz que "esses sorrisos anônimos são presentinhos de boas-vindas que ganhamos, porém, constantemente você enfrentará os mais abusados - ou melhor, os mais empolgados - que não farão a menor cerimônia em passar a mão na sua barriga". Lendo estas palavras comecei a pensar em como as coisas são parecidas para quem está grávida, e ao mesmo tempo, como as coisas podem ser totalmente diferentes. Descobrir a gravidez, por exemplo. Existem aqueles casais que desejam a gestação e esperam ansiosos por ela, e existem aqueles como eu e o Giu, que são pegos de surpresa pelo destino. Existem mulheres que já sabem que estão grávidas muito antes de fazer qualquer teste, e existem aquelas como eu, que demoram 2 semanas a acreditar naquele resultado cheio de números esquisitos ("será que a vírgula não está no lugar errado? Alí diz que positivo é acima de 5, e o que significa 21000?").

Depois que a primeira ficha cai, começa a expectativa em saber qual é o
sexo do bebê. E aí todas as simpatias e superstições vem à tona. Sentar no garfo ou na colher, contar as letras dos nomes dos pais, testes com cálculadoras, tabelas orientais, etc. No nosso caso, o que valeu mesmo, foi o sentimento do pai, que o tempo todo falou que sabia que seria uma menina. Eu sinceramente esperava e torcia por uma menina, sem revelar isso nem pra mim mesma, mas também tive que me "despedir" da imagem do filho
menino que também se formou naquelas poucas semanas de expectativa. Tenho certeza que de qualquer que fosse o resultado do ultrasom estaríamos super felizes, mas ver os 3 risquinhos que formam a genitália feminina, nos fez ficar emocionados, e quase fez o pai babão chorar.

Sabendo que era uma menina, não tivemos nem que pensar pra escolher o nome. Na verdade, já tinhamos os nomes escolhidos desde sempre, fosse menino ou menina. Tenho um bilhetinho guardado de uma declaração que o Giu fez pra mim, antes de
descobrirmos a gravidez, em que ele citava alguns dos motivos porque queria ficar comigo, e um deles era: "porque Giulia é o nome perfeito". O nome de nossa filha foi escolhido naturalmente e sem esforço ao longo da nossa relação. O Giu acabou ficando receoso por um tempo, com medo de parecer narciso demais, mas se for pra homenagear alguém, quem melhor do que o pai babão? Pra muitos casais, não é tão simples assim. O meu nome por exemplo, vem de uma história muito diferente. MEus pais esperavam pelo 2º filho e tinham certeza de que seria outro menino (naqueles tempos não era tão fácil fazer ultrasom como é hoje, então confiaram nas semelhanças da gestação) e meu nome seria Kevin (pra combinar com meu irmão mais velho que é Kenny). Meu enxoval todo azul estava todo prontinho, e quando nasci toda gordinha e menina pensaram rápido, e o nome foi tirado de uma personagem de um livro que minha tia estava lendo - o nome foi resolvido fácil, já o enxoval nem tanto.. minhas primeiras fotos são com roupinha amarela ou azul. Já o Giu, seria Kalina se fosse menina.. o nome seria pra homenagear o pai dele..o Lino. O nome Giuliano vem de Juliano, o desejo de homenagear um primo querido da família.

E as curiosidades
sobre a escolha dos nomes é só uma entre tantas que a gente vai descobrindo e relembrando neste momento tão especial. Uma curiosidade muito legal que descobri conversando com uma amiga gestante é sobre a formação de nossas impressões digitais. Nossas digitais se formam ao longo da gestação, conforme a pele do bebê se desenvolve, ele começa a tocar a parede uterina, o cordão umbilical e o próprio corpo. Por isso que mesmo em gêmeos idênticos não há chances das impressões serem iguais. É a intensidade, o jeito e os locais que o bebê toca que vão definir as nossas digitais. Você sabia disso?

Outras
curiosidades bobas, mas que achei interessante, e que eu descobri em um dos livros que li ao longo da gestação:
- Os intestinos do bebê se formam dentro do cordão umbilical a partir da 6ª semana, e vão migrar para o abdome do bebê quando o corpo dele for grande o suficiente para abrigá-lo (começam a migrar na 8ª semana e este processo pode se estender até a 12ª semana).
- Ao longo da gestação são formados 2 conjuntos de rins que não são permanentes, e que serão substituidos após a metade da gestação pelos rins que ficarão no corpo do bebê.
- Os cabelos começarão a nascer na 18ª semana, assim se a mãe teve azias e queimação no estomago no início da gestação, este sintoma nada tem a ver com o fato do bebê ser
cabeludo ou não (outra lenda que se ouve muito).

São coisas bobas, mas sabendo que tudo isso acontece dentro do meu corpo, dentro de mim, torna cada um destes detalhes "insignificantes" ficarem mágicos.

Bom, agora no fim da gestação, é claro que só se fala sobre o parto. É impossível não ouvir as histórias de bolsas que rompem antes da hora, que rompem de madrugada, que não rompem... Trabalhos de parto na 32ª, 35ª semana ou que não acontecem nem na 41ª. Esperar pelo parto normal é extremamente estressante fisica e emocionalmente. Não dá pra dizer que estou calma, e que não tenho medo da dor ou de como vai ser, mas tenho tanta certeza de que é assim que quero que minha filha nasça que torna este medo apenas um detalhe. Quero ter certeza de que a Giulia está pronta, e quero ter certeza de que não perdi nenhum momento desta gestação por antecipar a chegada dela com o agendamente de uma cesárea. Até esta ansiedade toda é desejada, imagine há anos atrás quando praticamente todos os partos eram normais. As famílias passavam por estas emoções e faziam as previsões do mesmo jeito: comparação de datas, imaginando se vai nascer em algum feriado, em qual signo, se a data vai combinar (eu nasci no dia 16/06/1986 e adoro o número 6, por razões óbvias) ou se vai nascer no
aniversário de alguém da família (as chances de a Giulia ser o meu presente de aniversário são muito grandes!).

Eu ouço o Giu dizer que ela vai nascer naquele dia, todo santo dia desde que completamos 37 semanas de gestação. Pra cada dia tem um motivo diferente, uma dor, uma sensação, a data, o desejo, mas o que move nossa ansiedade nos últimos dias é a virada da Lua que vai acontecer amanhã. Os "antigos" dizem que a
virada de Lua é batata pra nascer bebê, e alguns ainda dizem que algumas Luas são pra nascimento de meninos e outras pra meninas (Lua cheia e Lua nova). Pode parecer bobagem, mito, lenda o que for, mas tem funcionado, e isso só reforça a crença. Amanhã as 20h14 é a virada para Lua Cheia, e eu já não consigo imaginar que amanhã neste horário não estarei no hospital nos preparativos pra a tão esperada chegada da minha filha linda. Acreditando
nisso, este é meu último post pra falar sobre este momento de tão maravilhosa espera. Espero que o próximo já seja para contar como é ter minha filha nos braços. Com quem ela se parece, e como estão os primeiros dias com ela. As primeiras trocas de fralda, os primeiros banhos, e os babadores que vou ter que comprar para o Giu.

Tudo igual e tudo tão diferente. É o que eu sinto hoje, que está tudo tão igual ao que estava há algum tempo (já faz tanto tempo que estamos prontos para chegada da Giulia só esperando), e ao mesmo tempo tão diferente (o dia de amanhã pode ser o dia em que nossa vida vai virar de cabeça pra baixo com a chegada da Giulia). Há um ano atrás como você imaginava estar hoje?


Tudo igual e tudo tão diferente. É o que eu sei que as mulheres que estão ou já estiveram grávidas vão sentir ao ler este post.

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Contagem regressiva para chegada da Giulia: faltam no máximo 10 dias.

Um comentário:

  1. Nossa tia Karen que coisa mais liinda!
    Até eu que nunca passei por isso me emocionei!
    Adoro seus posts sobre a Giulia, embora a gente não tenha mais contato há algum tempo, sinto como se conhecesse extremamente bem vc, a Giulia e o papai dela! É muito legal a forma com que vc compartilha esse momento tão especial com as outras pessoas.. tenho certeza que todos que passam por aqui se sentem verdadeiras titias (os) da Giulia..
    Que Deus os abençõe, e que a Giulia nasça com muita saúde e traga só felicidades na vida de vcs dois!
    Confesso que agora também fiquei na torcida pra que ela chegue amanhã! hahaha
    Boa sorte mamãe :*

    Fabíola

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