sábado, 31 de dezembro de 2011

Escolha ter um ano bom.


"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente."

[Carlos Drummond de Andrade ]
Eu acredito neste milagre e tenho certeza que 2012 não só vai ser diferente, como vai ser ainda melhor. Alguém duvida?

Eu acredito que a gente pode fazer aquelas boas e velhas intenções de ano novo, que a gente pode fazer as mudanças que são necessárias na nossa vida. E eu acredito que a gente pode fazer isso sempre, não só na virada de ano.


"Há muita coisa no meu destino que não posso controlar, mas outras que estão sim, sob a minha jurisdição. Existem determinados bilhetes de loteria que posso comprar, aumentando, assim, minhas chances de encontrar satisfação. Posso decidir como gasto meu tempo, com quem interajo, com quem compartilho meu corpo, minha vida, meu dinheiro e minha energia. Posso decidir o que como, o que leio, o que estudo. Posso escolher como vou encarar as circunstâncias desafortunadas da minha vida - se as verei como maldições ou como oportunidades (
e, quando não tiver forças para adotar um ponto de vista mais otimista, porque estou sentindo pensa demais de mim mesma, posso decidir continuar tentando mudar minha atitude). Posso escolher minhas palavras e o tom de voz com que falo com os outros. E, acima de tudo, posso escolher meus pensamentos".


[Trecho do livro Comer, Rezar, Amar]

Eu escolho acreditar que 2012 será um ano maravilhoso! Escolho dedicar melhor meu tempo para minha família, e otimizar ainda mais o tempo que não estou com eles. Escolho realizar meu trabalho ainda com mais amor e atenção. Escolho buscar estar próxima das pessoas que eu amo e que me querem bem.

Eu escolho acreditar que vou ter um ano feliz, e você?

~ a certeza de que sempre terei anos bons - meus amores ~

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

a vida não para...

Quando eu comecei a escrever aqui, estava inspirada pela música Paciência do Lenine,
e foi em homenagem a esta linda canção que escolhi o nome do blog. Hoje em dia, quando eu penso em tudo o que está acontecendo, eu tenho certeza que não poderia ter escolhido nome melhor, não poderia ter escolhido inspiração melhor.
Viver ao lado da Giulia é um turbilhão constante de sentimentos, sensações descobertas
e saudades. O tempo todo (e isso não é exageiro, é o tempo todo mesmo!) acontece algo
novo, o tempo todo algo que até agora era novo já fica para trás. Eu brinco, às vezes,
que queria poder guardar cada acontecimento deste num potinho e carregar comigo,
porque a sensação que eu tenho é que se não ficar de olho arregalado o tempo todo eu
vou acabar perdendo alguma coisa muito importante.

Na última semana, em menos de 3 dias dois acontecimentos fantásticos marcaram o
desenvolvimento da minha pequeninha... ela ficou sentada sozinha, e o primeiro dentinho
já apareceu! Não é emoção demais em tempo de menos? Eu não sabia se chorava, se ria,
se abraçava ela, se deixava ela lá sentadinha, se corria pra buscar a camera...


Tanta coisa muda em tão pouco tempo. Se eu olhar pra quem eu era há alguns anos atrás,
eu nunca poderia imaginar que minha vida estaria assim agora. Que eu estaria babando
milhões por uma filha (sempre quis ser mãe, só não imaginava que isso aconteceria agora
e da forma como aconteceu), que teria saído da vida estável de um bom emprego para
arriscar e apostar em um negócio próprio em sociedade com o Giu, e que este negócio
não teria nenhuma ligação direta com a psicologia. E mais ainda, que eu estaria tão
feliz e realizada com estes acontecimentos.

Não dá pra prever, não dá pra ficar parado, não dá pra não ficar encantado/apavorado.
A vida é muito rara, e cada acontecimento, cada segundo, cada sorriso tem um valor
inestimável, inigualável, insuperável... com a Giulia eu aprendi MUITO, sobre muitas
coisas e principalmente sobre mim mesma, mas o aprendizado que eu dou mais valor é que
a vida não para, o tempo não para e a gente tem que curtir, saborear, desfrutar e amar
cada momento, cada sensação, cada abraço, cada toque, cada o que for. Tudo tem o seu
valor e é um valor muito raro pra ser deixado pra depois.

~ aqueles que me fazem tão feliz, que só de pensar dá nó na garganta ~


♫♫ Everyday I, I try to give you everything you need

We'll always be there for you

I don't believe in many things

But in you I do ♫♫

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O melhor plano de saúde é viver...

"Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão", frase de Fernando Pessoa no texto Encerrando Ciclos. E é isso que eu quero registrar hoje. Um lindo ciclo que está se encerrando para que um mais lindo ainda possa iniciar. Um ciclo de aprendizados, crescimento, mudanças e de muito amor.

Hoje eu encerrei um capítulo da minha vida, que fez toda a diferença pra pessoa que eu sou hoje e pro caminho que eu escolhi traçar a partir de agora. Eu escutei algumas coisas hoje que me fizeram sentir um pouco sobre tudo o que eu vivi nos 4 anos deste ciclo. A pessoa que eu fui, a pessoa que se transformou e a pessoa que eu sou hoje. As prioridades que eu tinha, o caminho que eu construia, a forma como eu me enxergava e a forma como eu enxergava os outros.

Eu aprendi muito sobre quem eu sou e sobre quem eu desejo ser só observando a reação que eu despertava nas pessoas. Não dá pra jogar só pro outro. Não dá pra dizer que não tem a ver comigo. Tem sim. Tinha sim. Eu demorei, mas eu vi e pude mudar. A transformação só pode acontecer (e pra melhor, por favor) se os olhos da realidade estiverem bem abertos.

Eu tive uma família me apoiando. Ora eu era mãe, ora filha, ora irmã, ora a madastra (sempre má), horas e horas... Eu tive mães, tive um pai (o mais protetor e instável, mas o melhor), tive amigos, tive companheiros, colegas e tive várias filhas. Eu conheci pessoas maravilhosas que vou carregar em meu coração para o resto da minha vida. Eu vi pessoas crescerem de forma singela e tão significativa. Eu vi pessoas com brilho nos olhos, fazendo as coisas acontecerem. Eu aprendi muito mais do que uma graduação em 5 anos de faculdade pode ensinar.

Eu aprendi sobre tolerância. Tolerar o outro, tolerar a mim mesma, tolerar a minha intolerância, e tolerar a intolerância do outro.
Eu aprendi sobre trabalho. Sobre trabalhar, e sobre descansar (às vezes é preciso aprender a descansar).
Eu aprendi sobre aprender. Aprender com o aprendiz, que tem muito mais para ensinar do que se imagina.
Eu aprendi a entender as entrelinhas, as megalinhas, as broncas, os conselhos, as indiretas. Porque elas as vezes expressam o que as pessoas nem sabem que querem dizer.
Eu aprendi sobre separar. Separar significou entender que nem sempre o que as coisas significam pra mim, vão também significar para o outro.
Eu aprendi sobre amar. Amar o que faço, amar o meu tempo para fazer o que amo, e amar o meu tempo para amar quem eu amo.
Eu aprendi a ter coragem. Coragem para continuar, para parar, para voltar atrás, e coragem para mudar...

"As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora..."
você nunca vai saber o que a próxima porta te reserva, se não tiver coragem e curiosidade para abrí-la.

Obrigada a todos aqueles que fizeram parte desta história linda da minha vida que eu vou ter muito orgulho de carregar comigo e contar pra Giulia. Afinal, ela esteve lá o tempo todo comigo.
Se vocês lerem isso aqui, vão saber que é pra vocês. E dispensa mais comentários.

domingo, 6 de novembro de 2011

Paradoxo


O tempo demorou pra passar. Olhei pro relógio e só faziam dez minutos. Depois de ter a sensação de já ter passado mais uma hora, só faziam vinte minutos. Assim foi a primeira tarde em que a Giulia ficou na escolinha (vou chamar assim porque acho mais bonito do que berçário). Ela ficou lá mais ou menos uma hora e meia (nos dois primeiros dias ficou menos tempo para adaptação - adaptação para a mãe aqui, porque ela pareceu adorar), mas pra mim pareceu que foram horas, que foi uma tarde inteira.

Isso foi a ansiedade e a saudade de uma mãe babona, porque eu tenho a certeza absoluta de que escolhemos um ótimo lugar pra ela, e que ela será muito bem cuidada lá. Isso foi a sensação de mais uma nova fase que chega, e de mais uma que fica para trás. Isso foi a
emoção de ver como a minha filha está crescendo. Caramba, como ela está crescendo!

O tempo passa rápido demais. É piscar os olhos e ela já está diferente, já está aprontando alguma coisa nova, já está avançando no desenvolvimento. Parece que foi ontem que ela começou a esticar as perninhas e ficar durinha querendo ficar em pé. Hoje, ela já está
virando de bruços, só dorme de ladinho (a coisinha mais lindinha que existe), já controla muito bem a mãozinha que leva tudo para boca (inclusive os próprios pés) e uma das tias já achou o que parece ser o primeiro dentinho querendo nascer.



Ir pra escolinha foi só a primeira de muitas situações em que o orgulho e o aperto no peito chegam juntos. Eu sei que daqui pra frente muitas outras nos aguardam, e que vamos tirar de letra todas elas...

O tempo é um paradoxo para qualquer mãe.
Passa rápido demais e parece que a gente nem tem tempo pra curtir e aproveitar todas as caretas, gestos, babas e resmungos. O tempo demora demais, a hora de buscar na escolinha, de chegar em casa, colocar no colo e dar um abraço apertado.

Parece que foi ontem que ela nasceu com aquele olhinho curioso já querendo abrir 10 segundos depois de sair de dentro de mim, parece que foi ontem toda aquela ansiedade e o desepero de não saber o que fazer. Parece que já faz anos que ela está na minha vida, parece que eu já entendo tudo o que ela quer, e que a gente já se conhece há muito e muito tempo.

Parece que a ficha ainda não caiu...

♫♫♫
És um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho...
Tempo tempo tempo tempo, vou te fazer um pedido...

Tempo tempo tempo tempo...
Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos...
Tempo tempo tempo tempo, entro num acordo contigo...
Tempo tempo tempo tempo...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

meus projetos

~ minha lindona com 3 meses e 1 semana ~


A Giulia completou 3 meses há alguns dias e as vezes eu ainda acho que as fichas não cairam completamente pra mim. O desenvolvimento dela é muito rápido, parece que se eu não olhar o tempo todo pra ela eu vou acabar perdendo algum movimento importante (não são todos assim?). A cada dia ela aprende algo novo... segurar as perninhas, tentar pegar os pés, as risadas cada vez mais constantes, os balbucios cada dia com mais letras, a habilidade já desenvolvida de levar a mãozinha pra boca e tentar chupar dedo, tentar levantar o corpinho, querer ficar sentada, a atenção com que ela assiste o Bob Esponja... é tudo tão novo, tão intenso, tão lindo!!


É surreal pra mim viver esta 'licença maternidade'. Acho que este é um momento único da minha vida e não só por ser mãe e estar com a Giulia.

Por sempre ter sido muito comprometida profissionalmente, por gostar de trabalhar e por ter a sorte de ter uma rápida ascensão na empresa, eu sempre levei as coisas muito a sério.

Sempre imaginei que eu poderia ser uma daquelas executivas loucas de filme que vivem para o trabalho, que praticamente não almoçam, que ficam até tarde no trabalho, que sonha com as pendencias e que ainda leva trabalho para casa. Então eu imaginava que a minha licença maternidade seria um momento de saudades de tudo aquilo, de ansiedade por voltar a ativa. O que eu não sabia é que eu ia descobrir muito mais sobre mim com o nascimento da Giulia.

Após três meses de distancia total da minha rotina profissional, eu não consigo me imaginar fazendo outra coisa que não seja estar com a Giulia. Não em um sentido patológico e obsessivo (relaxem, psicólogas), mas eu desejo realmente estar disponível para acompanhar e compartilhar dos principais momentos deste desenvolvimento lindo dela.

Nesta semana, eu e o Giu estamos começando a avaliar as escolinhas e a pensar em como vai ser nossa rotina daqui pra frente. É claro que o meu coração está pequenininho só de pensar nisso. Hoje a minha rotina é ficar com ela, é estar com ela... e só de pensar que em breve isso vai ser muito diferente já fico apreensiva.

A minha vida mudou pra sempre com a chegada da Giulia. E ela mudou tudo o que existia antes. Tive que reprojetar todas as minhas expectativas e todos os meus planos profissionais. Projetos novos, reprojetos e projetos que estão por vir... Eu vou continuar fazendo o meu melhor, e fazendo o que eu gosto, mas agora é por ela. Tenho muitas idéias e muitos projetos, mas de um deles eu não abro mão: o meu maior e melhor projeto de vida agora é ser mãe.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

os mais lindos amores

Hoje é dia de comemoração dupla. A Giulia faz mais um mêsersário e completa 3 meses, e o Giu faz aniversário e completa quase 30 (29 pra ser exata =).

E quem ganha presente neste dia? EU!
Não posso imaginar como seria ter mais sorte na vida do que ter uma família linda como esta que eu tenho.

Desde que eu conheci o Giu a minha vida mudou completamente e eu não poderia prever como seria o dia seguinte. Ele sempre me surpreendeu das melhores formas possíveis, nas situações mais inusitadas, e na rotina tão sutil. Desde que eu percebi que era pra valer, agradeço todas as noites a Deus por poder viver a minha vida com alguém tão especial. O homem mais lindo do mundo em todos os sentidos, mais cheio de graça (o que nem sempre significa engraçado - brincadeirinha) e com o maior coração do mundo. Feliz aniversário, meu amor, meu doido, meu cabeçudo, meu tudo. You're my sunshine.


~ meus amores comemorando o dia deles hoje ~

Desde que a minha ficha caiu de que eu estava grávida, minha vida mudou completamente e eu não poderia prever como seria o momento seguinte. Até agora as minhas fichas não cairam completamente e eu me vejo vivendo os momentos mais maravilhosos e inusitados com a minha filha. Cada sorriso dela (mesmo que seja o 130º do dia) é motivo de festa pra mim. Não canso de ver a banguelona aberta com aquele sorriso de olhinho fechado, não canso de ficar escutando todos os sonzinhos que ela faz pra conversar, não canso de agradecer por esta benção tão maravilhosa.

Eu estou aqui pensando no que mais escrever, mas não existem palavras no mundo pra dizer o quanto eu amo estes dois. O quanto eles me fazem feliz. O quanto eu sou grata por eles existirem. Os amores da minha vida.


~ não são os mais lindos do mundo? ~

Eu só posso ser a pessoa mais sortuda do mundo. Só pode ser.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

the best thing about me

Pra mim, assim como os 9 meses de gestação são o necessário para cair a ficha de que um bebê está vindo e fazer tudo o que é necessário (ou possível) para se preparar para isso, o primeiro mês depois do nascimento é o tempo necessário para adaptação, aceitação e para cair a ficha de que o bebê chegou.

Os primeiros cuidados, saber qual é a melhor forma de vestir aquelas roupinhas tão pequenininhas, achar o jeito certo de segurar para dar banho, entender o jeito que o bebê gosta de dormir e perceber que eles tem preferências até na hora de mamar.
No primeiro mês você se dá conta de que um recém-nascido é esperto o suficiente para saber fazer mânha, e pra fazer aquelas caretas que te fazem levantar as 3 horas da manhã com um sorriso no rosto.

~ Giulia com 1 mês ~

Nestes primeiros 30 dias o desespero vem em sua mais intensa forma (principalmente nas noites mal dormidas), e vai aos poucos indo embora e deixando apenas a sensação de "ufa, ainda bem que já passou" (mesmo que as noites mal dormidas ainda continuem). Pra mim, foram os 30 dias em que eu menos aproveitei o "ser mãe" e apenas o fui.

Eu digo que pra mim, foi no segundo mês com a minha filha que eu pude realmente sentir da forma mais linda e pura o amor que sinto por ela, e que cresce a cada dia. Se o primeiro mês da vida dela foi o mês para aprender a cuidar, e para adaptar com a nova vida que vamos ter daqui em diante, o segundo mês foi para aprender o que é amar... o que é amor de verdade.

Não é que eu não sentia amor por ela antes, mas a preocupação em fazer as coisas direito, em não deixá-la com frio, com fome, desconfortável ou qualquer coisa do tipo, tomava tanto do meu tempo e das minhas emoções que eu não conseguia perceber de forma tão inteira, o quanto eu a amo e o quanto é lindo vê-la viver.

No livro "Comprometida" encontrei uma frase que diz muito sobre isso. Na continuação da história de "Comer, Rezar, Amar" a autora busca entender sobre casamentos e a formação de famílias, e cita a frase de uma amiga sobre o que é ser mãe: "É, a gente perde muita liberdade, mas como mãe, a gente também ganha um novo tipo de liberdade, a liberdade de amar incondicionalmente outro ser humano, de todo coração".

É é isso que eu posso dizer que aprendi no segundo mês de vida da Giulia... aprendi o que é amar incondicionalmente, em todos os seus gestos, em todos os seus choros, em todos os minutos que eu passo com ela, em todas as vezes que eu tenho que parar alguma coisa (como atualizar este blog, por exemplo) só pra ver se ela ainda continua dormindo tranquila.

Aprendi que a melhor coisa sobre mim a partir de agora, é que sou a mãe da Giulia. É que sou a (quase) esposa do Giu. É que formamos uma família linda.

~ the best thing about me is you ~

Eu ainda não posso dizer com certeza... mas eu tenho a impressão de que o terceiro mês vai ser o mês de pensar o futuro. Nos últimos dias, a maioria das coisas que eu e o Giu falamos é "daqui há alguns dias", "já pensou quando", "imagina só", e por aí vai... Eu particularmente tento seguir o conselho que recebi de praticamente todos os meus amigos que já tem filho: aproveite cada fase, pois elas passam rápido demais.



~ as caras e bocas dos 2 meses ~

Vou seguir o conselho e vou pra lá aproveitar o melhor sobre mim.

♫ Life is short, so make it what you wanna,
Make it good, don't wait until mañana!
[...]
Now, the best thing about me is you! ♫

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Ps: só para encerrar meu desabafo polêmico: a Giulia permanece só com aleitamento materno. Felizmente ela ganhou bastante peso nas últimas semanas e continua super saudável. As dobrinhas começaram a aparecer, mas é claro que não se compara com a rapidez com que aparecem com leite artificial. Eu não critico a necessidade de complementar o aleitamento, ou as mães que simplesmente não desejam amamantar. Meu post foi apenas sobre a minha opinião e o meu desejo de amamentar minha filha, acreditando que isso era o melhor que eu poderia fazer por ela.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

desabafando...

Durante os 9 meses de gravidez eu li artigos, reportagens, assisti palestra nos cursos de gestante que participei, em consultas médicas, e em outros canais de comunicação, que não há alimento melhor para o bebê do que o leite materno. Sempre ouvi que até os 6 meses de vida, o bebê saudável não precisa de nenhuma outra coisa. Os médicos e enfermeiros que ouvi, ou com quem conversei também explicaram que não existe leite fraco. Se a mãe tem leite, então ele possui todas as vitaminas e minerais que são necessários ao desenvolvimento do bebê.

Só que o leite materno não deixa o neném com todas aquelas dobrinhas que os avós, tios e vizinhos gostam de ver. Eu nunca vi neném ter aqueles buxexões, ou ficar semi-obeso por causa do aleitamento materno.

Acontece que a comparação é inevitável, e bebê gordo é sinonimo de bebê saudável aos olhos da maioria das pessoas, então quando um bebê não está neste padrão, os comentários são de que está magro, passando fome ou com algum problema no desenvolvimento.

É estranho que a amamentação que pra mim era o maior ato de amor, se tornou agora algo a deixar de lado para atender os anseios familiares. O leite enlatado vai ter que complementar a alimentação para que mais dobrinhas possam aparecer e a preocupação desaparecer.

A Giulia está sendo acompanhada por uma ótima pediatra, e está ganhando peso diariamente.É um bebê calmo, super bonzinho, dorme bem e está cada dia mais linda. Até hoje estava exclusivamente no aleitamento materno, mas eu e o Giu entramos em consenso e amanhã na consulta com a pediatra vamos solicitar o completemento artificial, que já foi discutido em outra consulta.

Como diz uma amiga minha: bebê gordinho modelo Johnson é coisa de propaganda pró obesidade infantil, mas infelizmente a cultura da criança gordinha ainda impera.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

os sorrisos bobos

Já virou rotina... domingo é dia de visitar a casa da vó (seja em Marialva ou em Umuarama). Nestas ocasiões é lindo ver o amor que é demonstrado pela Giulia e pra Giulia... os avós, as tias e tios, os primos... todos tem o maior carinho por ela, a tratam como princesa e é o centro das atenções.

Eu me sinto privilegiada e lisongeada com esse carinho. A minha mãe, a vó 'batian' da Giulia disse que "ser avó é amar o amor dos seus amores", e isso é muito especial, não é?!

E não é assim só na família... por onde passa, um bebê sempre arranca sorrisos (e olha que isso já tinha começado quando ela nem tinha saído da minha barriga... escrevi sobre isso em um dos posts durante a gravidez). Fui visitar os colegas de trabalho com a Giulia, e por onde nós passavamos, os setores paravam de trabalhar, porque todos queriam ver a Giulia e sorrir um pouco pra ela (mesmo que ela estivesse dormindo).


Se é assim para os outros, imaginem então pra mim. É tão surreal, é tão intenso e tão forte que nem tem palavras pra descrever. O meu dia-a-dia é um "eu com ela" o tempo todo, e isso nem passa perto de ser entediante ou chato. Às vezes é sim cansativo, mas um pequeno sorriso dela faz tudo valer a pena.



♫ o seu sorriso vale mais que um diamante ♫

Ela tem um jeitinho curioso, e me olha nos olhos como quem quer ver o mundo através dos meus... como quem quer se comunicar. E ela olha nos olhos mesmo, não é aquele olhar para o nada de bebê recém-nascido.

Talvez por ter nascido no tempo certo com as 40 semanas de gestação, ou talvez só porque tenha puxado à mãe (bem modesta) ela é muito esperta, e muito mais esperta do que se espera dos bebês com a idade dela.


Pra mim, ela já tenta falar... parece que ela já percebe que consegue produzir sons com a boca, e quando faz isso é uma babação geral. Ficamos, eu e o Giu, meia hora em cima dela igual dois bobos esperando ela repetir o som só pra gente fazer igual e abrir um sorriso imenso de quem pensa "ela tá falando com a gente".

O sorriso bobo no meu rosto aparece também todas as manhãs quando a Giulia acorda e começa e se espreguiçar.. ela se mexe e se estica toda, faz caras e bocas incríveis e é o horário dos maiores sorrisos. Já começar o dia assim, torna tudo mais lindo, né?!


~ as caras e bocas - 45 dias ~


É claro que a maternidade não são só esses sorrisos bobos... o que está pegando pra mim agora é a cobrança por um bebê gordinho... pra saber se a Giulia está bem perguntam o peso dela... se ela chora, sempre é fome, e como ela está em amamentação materna exclusiva é sempre sobre mim que caem estas cobranças. Eu sou a primeira a pensar nela em primeiro lugar e a querer garantir que ela está bem, então estou conseguindo levar na boa estas situações. Eu sinto que sei bem lidar com ela... já conheço o choro de fome, o choro de sono, o choro de incomodo (frio, calor, fralda suja, etc) e o choro de mânha dela, que aliás, é o melhor de todos... o mais fofinho (se é que se pode dizer isso de um choro de bebê)!

Enfim, de tudo o que eu vivi até agora com ela na minha vida só posso dizer que me sinto abençoada pela família que tenho e pela família que estou formando ao lado do Giu agora... que tem se mostrado um pai maravilhoso nestes 47 dias desde que recebemos o maior presente do mundo, meu pequeno milagre chamado Giulia.




terça-feira, 26 de julho de 2011

os "nunca mais" e os "pra sempre"

O início desta minha nova vida como mãe é marcado por estas frases: "nunca mais" e "pra sempre". É tudo muito intenso agora... a Giulia já está completando um mês, mas o tempo passa muito rápido e em alguns momentos eu acho que a Giulia nasceu há anos... em outros parece que foi ontem. É só parar pra olhar as fotos dela e ver como ela já mudou nestes 30 dias.



~ um dia ~
Uma das lembranças mais fortes que eu tenho das minhas primeiras horas com a Giulia, ainda na maternidade, era o sentimento forte, intenso, maravilhoso e ao mesmo tempo muito desesperador que me acompanha até agora: "meu Deus... é pra sempre!". Aconteça o que acontecer, vou sempre ser a mãe dela e ela sempre vai ser minha filha... a filha que eu carreguei por 9 meses dentro de mim!

É um sentimento lindo, mas dá um medão... é uma responsabilidade enorme, e eu admito que parece que as fichas ainda não terminaram de cair... ser mãe ainda é surreal. Pode parecer bobo, mas eu sei que ainda tenho muito para descobrir e para sentir antes de poder dizer que eu sei realmente o que é ser mãe. Mas uma coisa eu sei... a minha vida está definitivamente marcada pelo
pra sempre com a minha pequenininha.

Quando ela sorri (mesmo que ainda seja por reflexo), quando ela faz caretas, quando ela ronca (e como ronca!), quando ela se espreguiça toda erguendo e esticando os bracinhos igual gente grande, quando ela dorme nos meus braços... tudo isso me faz sentir o PRA SEMPRE na minha vida da forma mais bonita possível...



~ duas semanas ~


Mas não é só de pra sempres que é a vida de mãe... é cheia de "nunca mais" também. Nos primeiros dias da Giulia aqui em casa eu só conseguia pensar em: nunca mais vou dormir uma noite inteira, nunca mais vou sentar e comer tranquila, nunca mais vou ao cinema, nunca mais vou ficar em casa a toa com as pernas pra cima, nunca mais vou emagrecer (siim, fútil, mas também pirei com isso), nunca mais vou tomar coca-cola, nunca mais....

E pasmem... hoje eu vejo que tudo isso é desespero passageiro. Em um mês eu posso dizer que já consegui dormir uma noite inteira, já consegui fazer uma refeição sem ser interrompida pelo choro dela, já consegui tomar coca-cola (não tanto quanto eu queria, mas tenho paciência)... e sei que em breve já vou conseguir dizer que já fiz as tantas outras coisas que achei que NUNCA MAIS eu poderia fazer.

Ser mãe é uma prova de paciência porque as coisas já não são mais no meu tempo, sei que por muito tempo toda a minha rotina (se é que existe uma) vai girar em torno das necessidades e vontades da Giulia... mas não existe coisa melhor.


O único nunca mais que me persegue e que eu tenho certeza que é real é que a minha vida nunca mais vai ser a mesma... porque a Giulia chegou pra completar tudo pra sempre!



~ 27 dias ~

sexta-feira, 8 de julho de 2011

o maior amor do mundo

E finalmente, a Giulia chegou!

Esperamos até completar 40 semanas, mas ela "não quis" mesmo nascer de parto normal, então no dia 27/06 às 9h43 ela nasceu de cesárea.

Dados técnicos:
Peso: 3,770 Kg
Estatura: 51 cm
Outras informações: a japonesinha mais linda desse mundo!


~ sem palavras pra tanta emoção - dia do nascimento ~


Ouvi várias vezes durante os 9 meses de gravidez, que quando a minha filha nascesse então eu descobriria o que é amor e o que é amar realmente. E é verdade... agora eu posso dizer que descobri um amor maior que tudo, o amor pela minha família... o amor pela minha filha e também pelo Giu.

Eu sempre disse que o Giu é ainda melhor do que os príncipes encantados que eu sonhava. Quando a gente pensa no príncipe encantado, pensa na estética, pensa nos momentos bons e divertidos da vida. Com o Giu eu tive tudo isso, e ainda agora eu tenho o pai mais babão e dedicado que possa existir e o melhor companheiro do mundo. Quando você pensa no príncipe encantado não imagina os momentos de TPM, hormônios atacados, dificuldades financeiras e no trabalho, noites mal dormidas com a chegada de um bebê, as dores pós-cesárea, o medo de não conseguir dar conta, em ter alguém do seu lado segurando sua mão durante a cesárea pelo medo da cirurgia, etc. E
eu tenho o maior orgulho do mundo em dizer que eu tenho com quem passar por tudo isso, alguém que me acalma e que me traz a maior paz que possa existir. Agora eu posso dizer que descobri o amor de verdade pelo homem que eu tenho ao meu lado.

~ a mão que me acalma e me conforta sempre ~


E falar da Giulia agora parece tão óbvio. Ela é o maior presente que eu poderia ter recebido da vida. Ser mãe é uma benção, é uma dádiva (apesar do trabalhão que isso dá). Eu não consigo olhar pra ela sem ter vontade de chorar de emoção, ou sem abrir um sorrisão (mesmo quando ela chora de fome às 3h da manhã e quer mamar até as 5h30).
~ foto do primeiro banho na maternidade 28/06/11 ~


Ser mãe é uma responsabilidade enorme, e os 9 meses que você tem para se preparar não são suficientes para esta ficha cair. Todos os conselhos que eu ouvi durante a gravidez hoje fazem todo sentido "aproveita para dormir antes dela nascer" é o principal deles.

Algo que eu aprendi agora também, é que a amamentação é um ato de doação da mãe. Você doa o seu tempo (e põe tempo nisso!), o seu amor, o seu corpo, o seu sono, a sua alimentação - e com isso abre mão de algumas vontades que você tem desde o início da gravidez, e isso fica até pior porque antes eu me permitia tomar uns goles de coca-cola, hoje isso fica só no desejo... você se doa para que seu bebê receba o melhor alimento do mundo, e modéstia a parte eu tenho achado isso muito lindo. É gratificante ter minha filha no meu colo sendo alimentada por mim, e mais nada. É uma doação enorme, mas que tem a maior recompensa do mundo, a saúde do filho (e a carinha de satisfeito também é uma graça!).


~ a maior emoção do mundo é ter ela nos meus braços ~


E como eu já disse, tudo isso parece muito óbvio pra dizer agora.
Eu não tenho palavras para descrever o que estou vivendo, e o que estou sentindo. Só posso dizer que apesar de todas as dificuldades, vale MUITO a pena e é sim, o maior amor do mundo.




~ com cinco dias de vida já fazendo charme ~

domingo, 19 de junho de 2011

coisas que aprendi


Eu sinceramente acreditava que só faria um novo post aqui para contar das primeiras emoções com a Giulia no colo, mas como ela está tranquila e sem pressa para nascer (ao contrário dos seus pais que estão extremamente ansiosos), vou aproveitar para registrar algumas coisas que aprendi ao longo destas 39 semanas...

1 - Coisas que TODOS dizem sobre a gravidez:

- Sim, com certeza é um presente e é a melhor coisa do mundo. Pra gente foi um susto, e não foi nada planejado, mas depois que a "ficha caiu" se tornou a maior e melhor sensação imaginar que a nossa família estava crescendo e que uma vida estava sendo gerada dentro do meu corpo. Às vezes é tão óbvio pensar nisso, e às vezes é tão esquisito e surreal. Mas seja como for, é sim a melhor coisa do mundo!


~ barrigão de 38 semanas que guarda o maior presente da minha vida ~

- A Giulia ainda não está aqui com a gente para materializar isso, mas com certeza
tudo vale a pena. A quebra no orçamento doméstico, as noites sem dormir direito, as dores, os sintomas da gestação, as loucuras hormonais, as preocupações, e tudo mais... vale MUITO a pena.
- Li o depoimento de u
ma mãe que disse que estava preocupada em ter que dividir o amor entre os filhos, mas que ao ver seu filho mais novo logo após o parto, ela teve certeza de que não tinha com o que se preocupar, pois junto com o filho, nasceu mais amor. Já tenho certeza disso, a cada dia está nascendo mais amor junto com a Giulia.
- Se você tem um animal de estimação, se prepare... realmente ele vai sentir ciúmes e vai mudar seu comportamento no final da gestação (e dizem que depois que o bebê nasce isso piora). O Piolho ficou muito mais dengoso (já era extremamente fofo e carinhoso) e carente nas últimas semanas. Ele até aprendeu a fazer um charminho novo pra chamar a atenção. A dica é não deixá-lo de lado, saber dar atenção sem esquecer dos limites de espaço (físico e emocional) que ele tem.

~ Piolho fazendo seu novo charminho ~

2 - Coisas que geralmente NÃO te dizem sobre a gravidez:

- Quando eu digo que quero ter um parto normal, a maioria faz cara de espanto e diz "corajosa, hein?" mas o que não sabem, é que
mais do que coragem, para se ter um parto normal é preciso ter muita, mas muita paciência! Com a cesária você planeja o dia e até o horário do nascimento do seu filho, e isso deve ser realmente muito cômodo e às vezes é necessário, mas não é pela emoção de sair correndo pela maternidade de madrugada que tomamos esta decisão (que aliás, eu compartilhei com o Giu no começo de tudo) e sim para ter certeza de que tudo aconteceria no momento que deveria acontecer.
-
Teoricamente, a gravidez deve durar 9 meses, que são representadas por 40 semanas, mas vi na prática que isso é muito relativo. A partir do momento em que se completa 38 semanas, o bebê está pronto, já não é mais considerado prematuro, e se houver um trabalho de parto, não há necessidade de tentar inibir o nascimento. Mas... Tenho um priminho que nasceu recentemente na 32ª semana de gestação. Ok, ok, a situação dele é uma exceção, e este nascimento prematuro fez com que ele precisasse de alguns acompanhamentos especiais, mas hoje está todo magrelinho e saudável no braço dos pais (nasceu no dia 26/05, mas a data prevista era pra 09/07). A minha sobrinha nasceu com 35 semanas, e felizmente não precisou ficar na encubadora nem nada demais. É linda, cabeluda, tranquila e super saudável (nasceu no dia 09/06 e a previsão era para o dia 02/07). Conheço também mulheres que desejavam ter um parto normal, mas completaram as 40 semanas, e nada... com 41 semanas tiveram que agendar a cesárea, e só então seus bebês nasceram.
- Ser mãe é antes de mais nada, uma prova de paciência e um
teste para as emoções.
- Me desculpem o detalhe das informações, mas uma coisa que com certeza não te dizem é que você vai ter dificuldade de "se enxergar" no final da gestação. Literalmente. Ao longo das semanas você vai se acostumando e se acomodando com alguns incomodos, mas é
estranho ver o seu umbigo sumindo (no meu caso, ou virando um caroço pra fora, como foi com a minha irmã), algumas manchas aparecendo (dizem que somem depois do parto), não conseguir fazer as unhas do pé, ou a depilação.

~ meu barrigão de 38 semanas, e o que teoricamente eu vejo do meu pé ~

- Outra coisa que geralmente não te dizem, mas esta é MUITO boa, é que gestação aproxima os novos pais das pessoas, seja da família, dos amigos ou até de desconhecidos. Estar grávidos (porque isso vale para o pai também) nos torna pessoas especiais, nos torna mais sociais,de certa forma viramos centro das atenções e recebemos carinho de todas as partes, e isso é imprescindível para aguentar este turbilhão de emoções que vem com a gravidez.


3 - Coisas para se fazer enquanto espera a "boa hora":

- Jogos de baralho são todos aceitos, mas o preferido da casa é canastra (para jogar em dois é mais divertido do que os outros) a sugestão é acrescentar alguma aposta ao jogo. Aqui a aposta é sempre quem vai lavar a louça.
- Jogos de tabuleiro: como duas crianças animadas, adoramos jogos de tabuleiro. Os de maior audiência nas últimas semanas são: monopoly e scrable. Recomendo!
- Passeios são sempre ótimas opções de distração, mas dar uma volta no Parque do Ingá, jantar na casa de amigos, tardes no sítio dos sogros.. tudo está valendo!
- Programas de culinária e testar novas receitas na cozinha também são ótimas distrações. Aprendi a fazer um bolo no programa da Ana Maria Braga que virou sucesso por aqui.
~ os pais de primeira viagem lendo tudo ~

-
Ler sempre foi um hobby, agora mais do que nunca. Os temas mudaram um pouco, além dos livros técnicos e de ficção que sempre gostei, entraram no rol livros sobre a gestação e sobre a primeira infância da criança. Para as gestantes, recomendo aqueles livros-agenda que contam e registram dia-a-dia das alterações físicas e emocionais da gestante. Eu ganhei um deste do Giu, mas pelas datas dele, já era para a Giulia ter chegado por aqui.
-
Assistir muitos filmes. Eu e o Giu sempre adoramos ir ao cinema, assistir séries e locar filmes. Agora então, mais do que nunca. Nos últimos dias assistimos VÁRIOS filmes, mas não recomendo nenhum drama muito triste principalmente se envolver bebês, nem o filme "127" porque tem cenas de deixar qualquer grávida maluca (é muito sangue!!!). Uma opção legal é o filme "Plano B". - Namorar bastante, dormir até tarde, brincar com o cachorro, e todas estas coisas boas também são muito válidas pra 'passar o tempo'.

4 - Coisas que não posso esquecer:

nestas 39 semanas aprendi a ser grata a tudo e a todos. Grata por toda saúde que tive nesta gestação e por ter corrido tudo bem até agora, por ter
dado tudo certo e por estar tudo pronto pra chegada da Giulia. Grata à toda nossa família (os Okamoto e os Antunes) pela força, apoio, carinho e dedicação, à todos os nossos amigos que ficaram do nosso lado, deram risadas das nossas ansiedades e das nossas trapalhadas, e também nos deram todo o apoio necessário. E aproveito para demonstrar minha gratidão a todos que acompanham o blog. Tudo o que escrevo aqui não tem pretensão alguma, é apenas um registro para que mais tarde eu possa recordar todas as emoções neste período, mas sempre recebo recados, mensagens e comentários a respeito do que escrevo e fico feliz de saber que tanta gente acompanha com ansiedade a chegada da Giulia. Obrigada pelo carinho. Obrigada por tudo.


~ acho que todos pais sabem disso: fraldas e mais fraldas nunca são demais ~

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Contagem regressiva: falta menos de uma semana para a chegada da Giulia

terça-feira, 14 de junho de 2011

Tudo igual e tudo tão diferente

Eu li nesta semana na revista pais & filhos, a coluna "faro de mãe" em que a colunista fala sobre como todas as gestantes tem a habilidade de levar sorrisos aos desconhecidos. É praticamente impossível para uma grávida com seu barrigão passar despercebido, ela diz que "esses sorrisos anônimos são presentinhos de boas-vindas que ganhamos, porém, constantemente você enfrentará os mais abusados - ou melhor, os mais empolgados - que não farão a menor cerimônia em passar a mão na sua barriga". Lendo estas palavras comecei a pensar em como as coisas são parecidas para quem está grávida, e ao mesmo tempo, como as coisas podem ser totalmente diferentes. Descobrir a gravidez, por exemplo. Existem aqueles casais que desejam a gestação e esperam ansiosos por ela, e existem aqueles como eu e o Giu, que são pegos de surpresa pelo destino. Existem mulheres que já sabem que estão grávidas muito antes de fazer qualquer teste, e existem aquelas como eu, que demoram 2 semanas a acreditar naquele resultado cheio de números esquisitos ("será que a vírgula não está no lugar errado? Alí diz que positivo é acima de 5, e o que significa 21000?").

Depois que a primeira ficha cai, começa a expectativa em saber qual é o
sexo do bebê. E aí todas as simpatias e superstições vem à tona. Sentar no garfo ou na colher, contar as letras dos nomes dos pais, testes com cálculadoras, tabelas orientais, etc. No nosso caso, o que valeu mesmo, foi o sentimento do pai, que o tempo todo falou que sabia que seria uma menina. Eu sinceramente esperava e torcia por uma menina, sem revelar isso nem pra mim mesma, mas também tive que me "despedir" da imagem do filho
menino que também se formou naquelas poucas semanas de expectativa. Tenho certeza que de qualquer que fosse o resultado do ultrasom estaríamos super felizes, mas ver os 3 risquinhos que formam a genitália feminina, nos fez ficar emocionados, e quase fez o pai babão chorar.

Sabendo que era uma menina, não tivemos nem que pensar pra escolher o nome. Na verdade, já tinhamos os nomes escolhidos desde sempre, fosse menino ou menina. Tenho um bilhetinho guardado de uma declaração que o Giu fez pra mim, antes de
descobrirmos a gravidez, em que ele citava alguns dos motivos porque queria ficar comigo, e um deles era: "porque Giulia é o nome perfeito". O nome de nossa filha foi escolhido naturalmente e sem esforço ao longo da nossa relação. O Giu acabou ficando receoso por um tempo, com medo de parecer narciso demais, mas se for pra homenagear alguém, quem melhor do que o pai babão? Pra muitos casais, não é tão simples assim. O meu nome por exemplo, vem de uma história muito diferente. MEus pais esperavam pelo 2º filho e tinham certeza de que seria outro menino (naqueles tempos não era tão fácil fazer ultrasom como é hoje, então confiaram nas semelhanças da gestação) e meu nome seria Kevin (pra combinar com meu irmão mais velho que é Kenny). Meu enxoval todo azul estava todo prontinho, e quando nasci toda gordinha e menina pensaram rápido, e o nome foi tirado de uma personagem de um livro que minha tia estava lendo - o nome foi resolvido fácil, já o enxoval nem tanto.. minhas primeiras fotos são com roupinha amarela ou azul. Já o Giu, seria Kalina se fosse menina.. o nome seria pra homenagear o pai dele..o Lino. O nome Giuliano vem de Juliano, o desejo de homenagear um primo querido da família.

E as curiosidades
sobre a escolha dos nomes é só uma entre tantas que a gente vai descobrindo e relembrando neste momento tão especial. Uma curiosidade muito legal que descobri conversando com uma amiga gestante é sobre a formação de nossas impressões digitais. Nossas digitais se formam ao longo da gestação, conforme a pele do bebê se desenvolve, ele começa a tocar a parede uterina, o cordão umbilical e o próprio corpo. Por isso que mesmo em gêmeos idênticos não há chances das impressões serem iguais. É a intensidade, o jeito e os locais que o bebê toca que vão definir as nossas digitais. Você sabia disso?

Outras
curiosidades bobas, mas que achei interessante, e que eu descobri em um dos livros que li ao longo da gestação:
- Os intestinos do bebê se formam dentro do cordão umbilical a partir da 6ª semana, e vão migrar para o abdome do bebê quando o corpo dele for grande o suficiente para abrigá-lo (começam a migrar na 8ª semana e este processo pode se estender até a 12ª semana).
- Ao longo da gestação são formados 2 conjuntos de rins que não são permanentes, e que serão substituidos após a metade da gestação pelos rins que ficarão no corpo do bebê.
- Os cabelos começarão a nascer na 18ª semana, assim se a mãe teve azias e queimação no estomago no início da gestação, este sintoma nada tem a ver com o fato do bebê ser
cabeludo ou não (outra lenda que se ouve muito).

São coisas bobas, mas sabendo que tudo isso acontece dentro do meu corpo, dentro de mim, torna cada um destes detalhes "insignificantes" ficarem mágicos.

Bom, agora no fim da gestação, é claro que só se fala sobre o parto. É impossível não ouvir as histórias de bolsas que rompem antes da hora, que rompem de madrugada, que não rompem... Trabalhos de parto na 32ª, 35ª semana ou que não acontecem nem na 41ª. Esperar pelo parto normal é extremamente estressante fisica e emocionalmente. Não dá pra dizer que estou calma, e que não tenho medo da dor ou de como vai ser, mas tenho tanta certeza de que é assim que quero que minha filha nasça que torna este medo apenas um detalhe. Quero ter certeza de que a Giulia está pronta, e quero ter certeza de que não perdi nenhum momento desta gestação por antecipar a chegada dela com o agendamente de uma cesárea. Até esta ansiedade toda é desejada, imagine há anos atrás quando praticamente todos os partos eram normais. As famílias passavam por estas emoções e faziam as previsões do mesmo jeito: comparação de datas, imaginando se vai nascer em algum feriado, em qual signo, se a data vai combinar (eu nasci no dia 16/06/1986 e adoro o número 6, por razões óbvias) ou se vai nascer no
aniversário de alguém da família (as chances de a Giulia ser o meu presente de aniversário são muito grandes!).

Eu ouço o Giu dizer que ela vai nascer naquele dia, todo santo dia desde que completamos 37 semanas de gestação. Pra cada dia tem um motivo diferente, uma dor, uma sensação, a data, o desejo, mas o que move nossa ansiedade nos últimos dias é a virada da Lua que vai acontecer amanhã. Os "antigos" dizem que a
virada de Lua é batata pra nascer bebê, e alguns ainda dizem que algumas Luas são pra nascimento de meninos e outras pra meninas (Lua cheia e Lua nova). Pode parecer bobagem, mito, lenda o que for, mas tem funcionado, e isso só reforça a crença. Amanhã as 20h14 é a virada para Lua Cheia, e eu já não consigo imaginar que amanhã neste horário não estarei no hospital nos preparativos pra a tão esperada chegada da minha filha linda. Acreditando
nisso, este é meu último post pra falar sobre este momento de tão maravilhosa espera. Espero que o próximo já seja para contar como é ter minha filha nos braços. Com quem ela se parece, e como estão os primeiros dias com ela. As primeiras trocas de fralda, os primeiros banhos, e os babadores que vou ter que comprar para o Giu.

Tudo igual e tudo tão diferente. É o que eu sinto hoje, que está tudo tão igual ao que estava há algum tempo (já faz tanto tempo que estamos prontos para chegada da Giulia só esperando), e ao mesmo tempo tão diferente (o dia de amanhã pode ser o dia em que nossa vida vai virar de cabeça pra baixo com a chegada da Giulia). Há um ano atrás como você imaginava estar hoje?


Tudo igual e tudo tão diferente. É o que eu sei que as mulheres que estão ou já estiveram grávidas vão sentir ao ler este post.

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Contagem regressiva para chegada da Giulia: faltam no máximo 10 dias.

terça-feira, 7 de junho de 2011

ansiedade

Como é que se dorme dois dias antes de saber que sua primeira filha vai nascer???

Não, esse (ainda) não é meu caso. Hoje a minha irmã finalmente agendou a data da cesárea para o nascimento da minha primeira sobrinha. E agora eu fico aqui pensando, como é que o coração dela vai ficar nestes dois dias que faltam? Além de toda a preocupação que cerca este momento, já que ela vai nascer um pouco antes do previsto (estaria completando 8 meses de gestação nos próximos dias), imagine só a ansiedade.

Eu fico daqui de longe rezando e torcendo pra que corra tudo bem, mas principalmente me fazendo esta pergunta: como é que ela vai dormir nestas próximas duas noites??? Fico imaginando que em menos de 48 horas ela vai conhecer a Alanis, aquele bebezinho vai segurar o edo dela bem apertado com uma mãozinha minúscula, vai colocar o pé inteiro dela em um pedacinho da palma da mão da minha irmã...

Por ironia do destino, eu e minha irmã Vivi estamos vivendo este momento tão único e especial da vida juntas (no mesmo período) e ao mesmo tempo tão separadas (pelos 160 km que separam Umuarama de Maringá)... a Giulia que seria a neta mais velha da dona Cida e do seu Jaime (estou na 38ª semana de gestação e a Vivi na 35ª) vai ficar como a caçula, e como a Giulia também já está pra chegar ao mundo não vou poder estar lá pra ver a Alanis nos seus primeiros dias. Queria estar lá pra ver a cara de babona da minha mãe (primeira netinha, né?!), pra ver meu pai chorar (com certeza ele vai chorar), pra ver a minha irmãzinha crescendo tanto e virando mãe....

Como eu já escrevi, só posso ficar daqui torcendo e rezando e esperar que em poucas semanas a gente se encontre pra que as netinhas da família se encontrem também. Já começo a imaginar aqui se a Alanis vai mesmo ser a priminha roqueira e marrentinha da Giulia, se elas vão se dar bem ou se vão brigar pelos brinquedos, se elas vão se parecer fisicamente ou se vão puxar para os pais (não que eu e a Vivi tenhamos alguma semelhança, mas vocês entenderam), se no futuro elas serão amigas...

Ah, quanta ansiedade!


Ultrasom do dia 1º de junho ~36 semanas ~ fazendo bico


Hoje, talvez pra tentar diminuir um pouco minha ansiedade, eu (re)assisti todos os ultrasons da Giulia. É tão esquisito e tão mágico pensar que daqui a pouco vou vê-la ao vivo e a cores, literalmente!

Até completar 37 semanas o tempo voou... parecia que as semanas corriam e que o ano já estava pra acabar... agora que teoricamente a Giulia está pronta (o enxoval também) e pode nascer a qualquer momento, parece que as horas se arrastam.

Não me lembro de outro período da minha vida em que eu fiquei tão ansiosa. Não consigo pensar em outra coisa, não consigo parar de querer comer algum docinho (síndrome de ansiedade dos gordinhos)... quando eu sinto uma dor já fico com o olho arregalado, e quando esta dor passa é um misto de alívio e de decepção (afinal, dizem que o parto dói, então imagino que comece com dor).

O Giu sempre foi do tipo de ficar ansioso igual criança (literalmente) antes da páscoa, do natal, aniversário, etc. Do tipo de ir dormir mais cedo só pro dia seguinte chegar logo. Então vocês podem imaginar como ele não está nesta espera. A vontade é tanta de conhecer nossa filha, que ele até brinca de dar um empurrãozinho na barriga.

Todas as noites antes de dormir eu rezo agradecendo por mais um dia, e pedindo que se minha filha for nascer no próximo dia, que então seja um dia lindo. E já se foram mais de 10 noites repetindo este pedido.. e pode ser que venham mais 10 noites antes dela chegar. Esperar para ter um parto normal, não é fácil...

Para os futuros papais, eu dou um conselho: preparem-se MUITO antes de querer ter um bebê. Emocionalmente é muito intenso, é desgastante e gratificante passar por todas estas sensações, mas não há coração que aguente. E financeiramente, não há bolso que resista. rsrs


Os pézinhos gordinhos dela ~ 36 semanas ~ me chutam o dia todo

Giulia, a mamãe tá doida pra te ver. Tá doida pra sentir saudade desse barrigão (que aliás, está maior e mais pesado a cada hora que passa). Tá doida pra ver o seu pai babando em você. E tem mais um moooonte de gente doido pra te conhecer também. Você é o assunto em todos os lugares que a mamãe vai. Chega logo.

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(Ainda) faltam menos de 3 semanas pra chegada da Giulia

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Contagem regressiva


Eu tenho tantas coisas pra escrever... tantas sensações e sentimentos pra contar, que nem sei por onde começar. Quero registrar aqui, ainda antes da Giulia nascer algumas curiosidades que fomos descobrindo ao longo destas 37 semanas, mas por hoje vou só deixar algumas imagens que marcam a fase final deste período que foi o mais intenso e especial da minha vida.


Uma das vezes em que enchemos os varais do prédio com as roupinhas dela


Nas últimas semanas nos preocupamos em cuidar de cada detalhe, em correr atrás de cada uma das trezentas mil peças do enxoval e garantir que não vai faltar nada (não tá nada garantido, mas a gente foi atrás de tudo).

O fotógrafo virou modelo pra tirar fotos com a filha ~ 36 semanas~


Parece que o tempo até aqui voou... as semanas passavam tão depressa que a gente até se perdia nas contas... agora cada dia é uma eternidade. Toda noite eu vou dormir pensando que no dia seguinte pode ser o dia de conhecer meu bebê. Aguentar a ansiedade do pai, então... nossa! Que sufoco. A partir de agora, a Giulia pode nascer a qualquer momento, e saber disso deixa nosso coração na boca. Estamos extremamente ansiosos! Cada mexida diferente na barriga, cada dor ou sensação diferente já é motivo pra arregalar os olhos e ficar com a chave do carro na mão. Mas até agora, só alarmes falsos que nem nos fizeram sair de casa.

Não sei quem aguenta quem nestes últimos dias de espera... ~ 36 semanas~


É difícil aguentar a ansiedade do Giu, mas eu adoro ver a cara de ansiedade dele. Ouvir ele falando com a Giulia e pedindo pra ela nascer logo. E eu sei que cada hora a mais que ela fica aqui dentro, é só pra ela vir mais pronta e saudável ao mundo, então tento me acalmar e tentar não pensar nisso a cada segundo. Faço questão de esperar a hora certa, e é ela quem vai me dizer que hora é essa!


~ 37 semanas de uma deliciosa espera ~


Todas as mamães a minha volta dizem que vou sentir saudades da minha barriga... e eu penso muito em como vai ser esquisito de "uma hora pra outra" voltar a andar sem parecer uma pata choca, e não ter dificuldades pra levantar do sofá, por exemplo. Mas penso principalmente em todas as vezes que sinto os chutes e cutucões que a Giulia me dá... em todas as vezes em que preciso me esticar pra conseguir respirar porque ela enfiou o pé nas minhas costelas... ou quando fico sem ar porque ela inventou de ficar toda de um lado só da minha barriga... como são especiais estes momentos e como já estou 'acostumada' com ela aqui.



Sendo assim, ao invés de ficar SÓ esperando ela chegar, vou curtir estes dias que ainda tenho a possibilidade de viver a magia de ter minha filha dentro de mim. Vou aproveitar este barrigão de 37 semanas e curtir cada mexidinha dela aqui.



Esperar por você, é o sentimento mais delicioso e intenso que eu já vivi, Giulia.

Chega logo, senão seu pai vai ter um treco. rsrs

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Contagem regressiva: faltam menos de 3 semanas pra Giulia chegar