quarta-feira, 27 de junho de 2012
Feliz aniversário, minha linda Giulia!
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Só mãe sabe como é...
Na minha opinião, dá pra se preparar pra ser mãe... dá pra ler, participar de cursos de gestante, conversar com outras mães, assistir vídeos, cuidar da alimentação, do corpo e da alma... dá pra desejar e ansiar por este momento... dá pra escolher bem o pai da criança, dá pra planejar a gravidez... mas tem algumas coisas que a gente não pode prever, não tem como se preparar, porque são as particularidades de cada mãe e de cada filho... A Giulia me ensinou milhões de coisas maravilhosas, como o amor e o sorriso mais puro e verdadeiro, mas hoje estou aqui pra contar algumas coisas bem práticas e corriqueiras que aprendi com ela também... coisas que só mãe sabe como é...
Antes da Giulia nascer, se eu visse um carro parado no semáforo indo pra frente e pra trás sem parar, ia na hora pensar que era algum engraçadinho, ou alguém que não sabe dirigir direito. Hoje eu penso: mais um bebê que reclama quando o carro para. Sim, porque os bebês adoram andar de carro (pelo ao menos a maioria dos que eu conheço), mas isso não quer dizer que eles curtam todos os momentos deste passeio. Parar no semáforo ou no transito lento é a certeza de um resmungo no banco de trás. Mas mãe desenvolve habilidades e usa a criatividade. Quando eu vejo que o sinal está vermelho, já vou de longe reduzindo a velocidade e deixo bastante espaço entre o meu carro e o carro da frente, e aí... dá-lhe ponto de embreagem. Vai um pouquinho pra frente e freia, mais um pouquinho e mais uma freiadinha. Assim a gente se sente boba, mas mantém o balanço do carro e a satisfação do passageiro exigente no banco de trás.
Viajar com a Giulia também em geral é muito tranquilo, em praticamente todas as pequenas viagens que fizemos de carro ela pega no sono, e só acorda quando já estamos chegando no nosso destino. Mas como geralmente não é sempre... já teve viagens em que eu quase fiquei com torcicolo de tanto virar o pescoço pra ela pra conversar, ficar tirando e colocando o óculos de sol, ficar folheando uma revista pra distraí-la e por aí vai... bom mesmo é quando dá aquela crisezinha de labirintite, em que se eu deixo de olhar pra estrada já começa tudo a rodar... acontece, fazer o quê? Eu respiro fundo, e continuo... tira o óculos, põe o óculos, arranca um sorrizinho, tenta outra gracinha... até chegar onde a gente precisa.
Eu sempre fiz várias coisas ao mesmo tempo, me acostumei a ser multifuncional... atender o telefone enquanto digito um e-mail, cozinhar o almoço enquanto organizo a casa e coloco a roupa na máquina de lavar... mas não pensei que ia me acostumar a almoçar/jantar revezando as minhas garfadas com as colheres de papinha pra Giulia. Com o braço esquerdo pra mim, com o direito pra ela. Um gole do meu suco, um gole do suco pra ela. Desenvolver a bilateralidade também é coisa de mãe, porque no meu caso é impossível sentar a mesa para comer, sem a Giulia ficar no nosso pé querendo subir na mesa, puxando a toalha, ou resmugando querendo atenção (ou tudo isso ao mesmo tempo).
Enquanto estava grávida eu passeava nas sessões de brinquedo das lojas especializadas imaginando quais eu gostaria de comprar pra ela, e em como ela se divertiria com todos eles. Todos aqueles brinquedos coloridos e lindos, cheios de pesquisas sobre o desenvolvimento infantil e todas essas coisas. Bobagem! A Giulia tem brinquedinhos super legais, e eu vivo comprando coisinhas coloridas e novas pra ela se divertir. E adianta? Ela gosta mesmo é de morder chinelo, bater panela e organizar tuperware! Gosta é de controle remoto, tentar subir no sofá e todas aquelas coisas que são perigosas e que ela nem deveria chegar perto. FAzer o quê? Brincamos eu e o Giu então!
E por fim, uma coisa que eu aprendi da maneira mais prática que poderia acontecer. Você pode desejar ter um parto normal e ter tudo conspirando a seu favor - saúde, médico, apoio do companheiro, bebê encaixadinho na posição correta, etc - e mesmo assim não ter um parto normal. Acontece que eu já estava chegando na 42ª semana de gestação, já estava tendo crises de ansiedade devido a espera (parei de trabalhar quando completei 38 semanas porque eu tinh CERTEZA ABSOLUTA que a Giulia nasceria na semana seguinte), já estava com a malinha da maternidade passeando no carro há mais de 3 semanas e... e... e? NADA! Não estourou a bolsa, não tive contrações, não tive dilatação, nada! Simplesmente não entrei em trabalho de parto. Eu queria o parto normal, por ser normal... por ser natural, então induzir era uma saída fora de cogitação. Pra mim se não tinha acontecido, não era pra ser. E assim, a senhorita Giulia foi "tirada na marra" de dentro de mim em uma cesárea que eu não sonhava que teria que fazer.
É assim... eles já chegam anunciando que as coisas não serão do jeito que a gente pensa.
A Giulia já chegou deixando bem claro quem é que iria comandar a relação. E eu deixo... vou aprendendo com tudo isso e eu me divirto. Então, pensando em ser mãe eu só posso dizer que não era quase nada do jeito que eu imaginava... é ainda melhor!
Só mãe sabe como é... tem coisa melhor nessa vida do que aprender a ser mãe?

quarta-feira, 11 de abril de 2012
Tem que ser mãe pra entender...

Depois que me tornei mãe, passei a dar ainda mais valor na mulher que a minha mãe é. Porque, cá entre nós, mãe é sempre mãe, né?! Mas mulher igual a minha mãe é... isso não é fácil! Aprendi com ela o valor de muitas coisas... o valor da família (mesmo sendo doidos, pirados e esquisitos... família é família), o valor do trabalho e do dinheiro (que sempre vi sendo gerados com muito suor por ela e por meu pai), o valor do descanso (tão raro pra ela, que pra quem conhece, sabe... ADORA trabalhar!) e agora, o principal de tudo... o valor de um filho.
Acho que só quem é mãe pode entender (mesmo que muitas vezes não concorde) as atitudes de outra mãe. Mãe quer proteger a todo custo, mãe acredita até o fim, mãe não quer ver chorar, não quer ver sofrer... a minha mãe é assim... sempre nos criou buscando nos proteger de tudo o que havia de perigoso e errado no mundo, nem sempre deu certo, mas ela não desistiu de fazer o seu melhor.
Hoje vendo a minha mãe sendo avó, vejo umas traquinagens e uma alegria que contagia. Ela disse que ser avó é amar o amor de seus amores, e pra mim, ver ela avó é amar e admirar ainda mais a mulher mais importante da minha vida. Eu já admirava a minha mãe, a mulher que é, e agora admiro também a avó que é... preocupada (às vezes um pouco demais), presente e disposta a enfrentar as noites mal dormidas junto, se for necessário!

Pra quem a vida nem sempre foi fácil, pra quem sempre esteve em pé e firme, mesmo quando precisava suportar as maiores dores, pra quem hoje fica mais velhinha, eu desejo todos os parabéns e todas as alegrias do mundo.
Feliz aniversário, mãe... o seu primeiro aniversário como avó...
Nós amamos você e te mandamos milhões de beijos!
Tutty e Giulia
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
6 meses e muita história [parte 2]
Continuação...
SETEMBRO: o mês das festas e dos entendimentosNeste mês a Giulia festou bastante. Aprendeu a fazer pizza com o vô Lino, comemorou o 3º mesersário e o aniversário do papai,e também foi o mês da primeira mamadeira. Infelizmente só a amamentação materna não estava sendo o suficiente para ela ganhar o peso ideal, mas ela adorou a mamadeira desde o primeiro encontro. Olha a foto. O bem-estar e a saúde da Giulia sempre estiveram acima de tudo, e no fim das contas é só o que importa, não é mesmo?







Hora de voltar a pensar na realidade e encarar que a licença-maternidade não é pra sempre. Pensar em como conciliar profissão e maternidade. Neste mês avaliamos as escolinhas e pesquisamos até encontrar um lugar em que ficaríamos tranqüilos de deixar a Giulia, mesmo que fosse apenas por meio período. Foi o mês da primeira sessão de cinema, e do primeiro banho de chuveiro... Este foi o mês de concretizar a certeza de que a Giulia chegou para mudar a minha vida para sempre... e por ela muitas mudanças iriam acontecer... ela me fez descobrir muito sobre mim mesma, ou me redescobrir... como queiram! Definir projetos de vida não é simples, mas ter a certeza de que o meu maior projeto é ser mãe, foi apenas óbvio.




NOVEMBRO: as reviravoltas que a vida dá
Caramba... quanta coisa aconteceu neste mês! A Giulia começou a ir pra escolinha. Eu voltei a trabalhar. Eu parei de trabalhar. Eu mudei de trabalho. A Giulia continuou dando trabalho. E ser mãe dela, só me fez ter a certeza de que tudo estava caminhando para o lado certo.




DEZEMBRO: o começo de muita coisa
Foi o mês das primeiras vezes. O primeiro dentinho nasceu (e o segundo também), comeu a primeira papinha de frutas (e adorou!), ficou sentadinha sozinha pela primeira vez, entrou pela primeira vez na piscina... a 1ª edição da Revista saiu, comemoramos o natal juntos pela primeira vez, a Giulia comemorou 6 meses... o tempo passa muito rápido, mas eu acho que a gente encontrou um jeito de poder aproveitar o máximo possível cada um destes maravilhosos momentos.




Detalhar em meses ainda não foi o suficiente para registrar nem um terço de todas as emoções e alegrias que tenho vivido com a minha nova e linda família. Janeiro já está acabando, e nossa! Quanta coisa mais já aconteceu... mas isso tudo eu conto em um novo post (bem em breve, eu espero!). Só adianto uma coisa: melhora e fica mais gostoso cada dia que passa.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
6 meses e muita história [parte 1]
A Giulia fez 6 meses há pouco tempo e pra mim essa idade foi um marco, junto com isso nasceu mais um integrante da nova geração dos Okamoto: no dia 02 de janeiro a minha prima ganhou a Sophia para alegrar ainda mais a boa e velha Umuarama. No momento em que segurei a Sophia com seus 3,710 kg no colo, imediatamente pensei na Giulia... nos meus primeiros momentos com ela e em como é surreal pensar que ela era daquele tamanhozinho, há tão pouco tempo atrás.
Por causa de tudo isso, resolvi escrever uma retrospectiva introspectiva sobre estes últimos e maravilhosos 6 meses da minha vida.

Ter a Giulia em casa foi a emoção mais maravilhosa e mais desesperadora do mundo. Foi tudo novo, tudo estranho, tudo frágil, tudo tão intenso... eu tinha impressão de que eu NUNCA MAIS poderia fazer as coisas sem ajuda de alguém, que não poderia mais dormir, comer ou simplesmente ficar sentada por 10 minutos. Ao mesmo tempo, eu tinha um sentimento tão forte e tão dominador de que aquele momento singular e transformador marcara minha vida PRA SEMPRE, e isso também era MUITO desesperador e ao mesmo tempo MUITO maravilhoso. Descobri ao meu lado um companheiro maravilhoso que muitas vezes segurou a barra quando eu já estava a milhão com tantos hormônios. E descobri também que a amamentação é um dos atos mais bonitos e que mais fazem cair a fixa da relação mãe-filha. É a natureza, é a obra divina, é como as coisas são... amamentar foi maravilhoso, apesar de todas as dificuldades que existiram.
AGOSTO: o mês de aprender o amor incondicional
Depois que a Giulia completou um mês de vida, eu acho que comecei a relaxar e curtir um pouco. Antes era tudo muito frágil, muito delicado, muito novo. Após este período eu acho que comecei a me permitir olhar mais pra ela, só pra ver como ela é linda e não o tempo todo preocupada se ela tá respirando, se a temperatura tá boa, se a fralda tá limpa, etc etc etc. Este foi o mês dos sorrisos mais bobos, de ver todos babando por ela mesmo quando ela estava dormindo. E ver todas as caras e bocas que ela fazia ao acordar. Foi o mês de me sentir abençoada por ter a Giulia na minha vida, e por perceber o quanto ela faz bem a todos ao nosso redor. Este foi o mês de realmente aprender o que é amar incondicionalmente. Um amor tão grande que não existe explicações, e ainda que existissem, acho que elas seriam dispensadas.
