quinta-feira, 25 de agosto de 2011

the best thing about me

Pra mim, assim como os 9 meses de gestação são o necessário para cair a ficha de que um bebê está vindo e fazer tudo o que é necessário (ou possível) para se preparar para isso, o primeiro mês depois do nascimento é o tempo necessário para adaptação, aceitação e para cair a ficha de que o bebê chegou.

Os primeiros cuidados, saber qual é a melhor forma de vestir aquelas roupinhas tão pequenininhas, achar o jeito certo de segurar para dar banho, entender o jeito que o bebê gosta de dormir e perceber que eles tem preferências até na hora de mamar.
No primeiro mês você se dá conta de que um recém-nascido é esperto o suficiente para saber fazer mânha, e pra fazer aquelas caretas que te fazem levantar as 3 horas da manhã com um sorriso no rosto.

~ Giulia com 1 mês ~

Nestes primeiros 30 dias o desespero vem em sua mais intensa forma (principalmente nas noites mal dormidas), e vai aos poucos indo embora e deixando apenas a sensação de "ufa, ainda bem que já passou" (mesmo que as noites mal dormidas ainda continuem). Pra mim, foram os 30 dias em que eu menos aproveitei o "ser mãe" e apenas o fui.

Eu digo que pra mim, foi no segundo mês com a minha filha que eu pude realmente sentir da forma mais linda e pura o amor que sinto por ela, e que cresce a cada dia. Se o primeiro mês da vida dela foi o mês para aprender a cuidar, e para adaptar com a nova vida que vamos ter daqui em diante, o segundo mês foi para aprender o que é amar... o que é amor de verdade.

Não é que eu não sentia amor por ela antes, mas a preocupação em fazer as coisas direito, em não deixá-la com frio, com fome, desconfortável ou qualquer coisa do tipo, tomava tanto do meu tempo e das minhas emoções que eu não conseguia perceber de forma tão inteira, o quanto eu a amo e o quanto é lindo vê-la viver.

No livro "Comprometida" encontrei uma frase que diz muito sobre isso. Na continuação da história de "Comer, Rezar, Amar" a autora busca entender sobre casamentos e a formação de famílias, e cita a frase de uma amiga sobre o que é ser mãe: "É, a gente perde muita liberdade, mas como mãe, a gente também ganha um novo tipo de liberdade, a liberdade de amar incondicionalmente outro ser humano, de todo coração".

É é isso que eu posso dizer que aprendi no segundo mês de vida da Giulia... aprendi o que é amar incondicionalmente, em todos os seus gestos, em todos os seus choros, em todos os minutos que eu passo com ela, em todas as vezes que eu tenho que parar alguma coisa (como atualizar este blog, por exemplo) só pra ver se ela ainda continua dormindo tranquila.

Aprendi que a melhor coisa sobre mim a partir de agora, é que sou a mãe da Giulia. É que sou a (quase) esposa do Giu. É que formamos uma família linda.

~ the best thing about me is you ~

Eu ainda não posso dizer com certeza... mas eu tenho a impressão de que o terceiro mês vai ser o mês de pensar o futuro. Nos últimos dias, a maioria das coisas que eu e o Giu falamos é "daqui há alguns dias", "já pensou quando", "imagina só", e por aí vai... Eu particularmente tento seguir o conselho que recebi de praticamente todos os meus amigos que já tem filho: aproveite cada fase, pois elas passam rápido demais.



~ as caras e bocas dos 2 meses ~

Vou seguir o conselho e vou pra lá aproveitar o melhor sobre mim.

♫ Life is short, so make it what you wanna,
Make it good, don't wait until mañana!
[...]
Now, the best thing about me is you! ♫

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Ps: só para encerrar meu desabafo polêmico: a Giulia permanece só com aleitamento materno. Felizmente ela ganhou bastante peso nas últimas semanas e continua super saudável. As dobrinhas começaram a aparecer, mas é claro que não se compara com a rapidez com que aparecem com leite artificial. Eu não critico a necessidade de complementar o aleitamento, ou as mães que simplesmente não desejam amamantar. Meu post foi apenas sobre a minha opinião e o meu desejo de amamentar minha filha, acreditando que isso era o melhor que eu poderia fazer por ela.

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